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Enviada em: 26/01/2019

No século XVI, os Jesuítas portugueses iniciaram um processo de catequização dos povos indígenas brasileiros. Essa catequização negava a cultura indígena e os submetiam a educação oriental. Posteriormente, essa pratica foi proibida, entretanto, as consequências foram deixadas, e hoje, a educação dos povos indígenas é repleta de desafios.    A priori, cabe abordar a escassez de professores capacitados para trabalharem em aldeias indígenas. Isso acorre porque muitos docentes que vão trabalhar nelas, desconhecem as culturas e a línguas de determinados povos, dificultando assim, o aprendizado. A Constituição de 1988 reconhece o direito dos indígenas de usarem sua língua materna nas escolas. Entretanto, a falta de professores falantes dessas línguas, torna difícil o mantimento da cultura desses povos, e isso, alem de ir contra a constituição, também dificulta a educação indígena.     Ademais, outro fator a salientar é a evasão escolar fruto do preconceito. Muitos indígenas, principalmente os que ingressam em uma faculdade, são vitimas de preconceito. Isso ocorre porque, de acordo com Pierre Bourdieu em seu conceito de habitus, durante a era colonial e posteriormente, a sociedade naturalizou e reproduziu a ideia de que os indígenas precisam ser civilizados antes de participarem da sociedade. Perpetuando assim, a discriminação a povos indígenas, o que por consequência, acaba sendo um motivo para que eles abandonem os estudos.       Diante disso, torna-se evidente a necessidade de sanar esses desafios provenientes do colonialismo. Para isso, cabe ao MEC em parceria com a FUNAI, capacitar professores por meio de um curso preparatório que ensine a língua e a cultura daquele povo antes de começarem a trabalhar em determinada aldeia. Para que assim, eles possam usar sua língua materna e manterem sua cultura. Ademais, cabe as escolas realizarem debates com os alunos, a fim de desmistificar a imagem de que os índios precisam ser civilizados. Visando assim, que o preconceito e a evasão escolar sejam sanadas.