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Enviada em: 28/01/2019

Na obra indianista de José de Alencar, "Iracema", o papel de herói nacional é transferido á classe indígena. No entanto, na contemporaneidade, esse grupo étnico é excluído do sistema educacional disponível á população, além de, ter seu ingresso no ensino superior e posteriormente no mercado de trabalho negligenciado pelo poder público. O ensino nas aldeias, apesar de, ser importante ao processo de formação indígena, não é eficiente, uma vez que, pode ser considerado um "apartheid cultural", por estabelecer escolas específicas e exclusivas para essa etnia, separando-os dos considerados "normais", diante da percepção brasileira. Desse modo, é estabelecida uma relação de separação entre raças distintas, prejudicando o ingresso de indígenas em uma sociedade racista. Dados do Censo de 2016 apontam que, somente 37% do total dos índios que buscavam vagas, foram selecionados para integrar faculdades públicas/privadas. O descaso governamental com a formação educacional de diferentes etnias, faz com que, sejam criados programas, os quais, ao mesmo tempo em que incluem um determinado grupo social, excluem outro ou ele mesmo.  A lei das cotas é um exemplo desse desdém, a medida que cria oportunidades exclusivas para eles, tratando-os de forma desigual, em um momento em que se busca igualdade. Os desafios á formação de indígenas integrantes no mercado de trabalho e em setores políticos do país, infelizmente é um plano distante dentre as prioridades governamentais. Desse modo, o Ministério da educação deve agir para manter o ensino nas aldeias,  porém esses alunos, devem ao mesmo tempo frequentar escolas públicas "normais". Somado a isso é necessário o estabelecimento de cotas econômicas as quais abrangeriam todas as etnias, a fim de, minimizar diferenças sociais e possibilitar relações harmoniosas entre diferentes raças.