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Enviada em: 03/02/2019

Missões Indígenas   O período das grandes navegações, no século XVI, configurou-se pela expansão do ideário católico, por meio das Campanhas dos Jesuítas, nas colônias, sobretudo, na América Portuguesa. Sendo assim, iniciaram-se o projeto etnocêntrico educacional de ensino religioso nas populações indígenas, comandado pelos padres portugueses. A consequente abjeção da cultura Tupiniquim, hodiernamente, subtrai a didática inclusiva dos povos nativos do verde e amarelo. Sob esse aspecto, convém explorar os imbróglios fomentados por esse fenômeno.   Em primeira análise, observa-se o ensino superior minimamente acessível às comunidades indígenas. De acordo com as Nações Unidas, o Brasil, apesar de intrinsecamente meritocrático, ocupou a 10° posição no índice de gini, em 2017. Ou seja, devido à alta desigualdade social, as políticas públicas voltadas às minorias vermelhas ainda são insuficientes, sob a perspectiva inclusiva, para o ingresso desses na faculdade, impossibilitando a ascensão social.   Em segunda análise, nota-se a carência de programas a qual visam a manter a alteridade autóctone dos indivíduos universitários, em meio a uma sociedade brasileira europeizada. Consoante o MEC, de 2005 a 2011, menos de 3 mil professores indígenas se formaram para atender a  uma demanda de 240 mil alunos da mesma etnia. Logo, é evidente que a pedagogia nativa deverá ser complementada com outros métodos de ensino citadinos, omitindo, assim, as tradições locais.   Portanto, para que a educação escolar específica seja uma medida, de fato, prática, é necessária uma intervenção. Dessa forma, é fundamental que a Câmara dos Deputados, em parceria como MEC, crie uma emenda constitucional que aumente o percentual de cotas raciais vermelhas nas universidades, priorizando os estágios dessas em aldeias indígenas, para que assim, seja possível incluir e fortalecer as identidades étnicas desvalorizadas no Brasil desde a colonização portuguesa.