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Enviada em: 04/02/2019

Após trinta anos da consolidação da Constituição Cidadã que prevê o direito à educação a todos os brasileiros, nas aldeias indígenas, esse direito ainda não é assegurado. Sendo assim, não há como negar que a educação da população indígena do Brasil é um grande desafio que precisa ser transposto, tanto na estrutura pedagógica quanto no investimento financeiro.    Em primeiro lugar, é importante compreender que o modelo de ensino proposto para os indígenas no país é falho. Um exemplo disso é o ensino de disciplinas que não fazem parte da cultura desse povo como: Geografia, Química e Biologia. Essa atitude diverge das necessidades reais da tribo, em consequência disso, muitos índios não se interessam em estudar nas escolas do Governo uma vez que há um desrespeito à singularidade dessa cultura. Dessa forma, fica evidente que o ensino deve ser convergente com os interesses do educando para ser aderido.     Em segundo lugar, a falta de verbas investidas para esse fim intensifica o problema. De certo, a população indígena reside em reservas distantes das capitais metropolitanas e consequentemente são as últimas a receberem os repasses governamentais, e não há dúvidas que a transferência da Fundação Nacional do Índio - FUNAI - para o Ministério da Agricultura, realizada recentemente pelo atual presidente, dificultará ainda mais esse repasses. Dessa maneira, a educação do índio é postergada.    Fica evidente, portanto, que a educação da população indígena do Brasil é desafiante. Por isso, as Organizações Não Governamentais - ONG - que apoiam as causas indígenas devem denunciar, esse abuso e desrespeito, as autoridades supranacionais de proteção ao índio, como por exemplo, a ONU, por meio da internet e dos congressos, assegurando o direito à educação  dos países signatários dos Direitos Humanos. Desse modo, os índios mesmo estando distantes dos não índios e sendo dependentes das suas decisões terão seus direitos garantidos.