Materiais:
Enviada em: 05/02/2019

A preocupação com a preservação das culturas indígenas e a garantia de processos educacionais para melhorar a inclusão desses com as sociedades contemporâneas foi oficializada em 1973, com o Estatuto do Índio. Mesmo que tardia, garantiu que grande parte dos 234 mil índios fossem às escolas. Contudo, com a precariedade dos materiais, de professores e da própria estrutura escolar, a segregação sofrida por esses ainda permanece. Até mesmo aqueles que buscam colégios urbanos acabam sofrendo com preconceitos além do pré-requisito de falar português que se torna um obstáculo para a inclusão social.     A princípio, qualquer ideia de igualdade social e respeito às culturas, assim como sua preservação, são amplamente aplaudidas pelas sociedades. Porém, a parte que deveria obter mais visibilidade e fiscalização é a aplicabilidade de tais projetos. Divulgados pelo Censo 2016, os índios são os grupos com menor apoio público e financeiro do Brasil. Infelizmente, qualquer mínimo contato com essa realidade, seja por documentários ou visitas, a carência de atenção pelo governo é visível. Com uma bela teoria e falta de ação não é possível garantir o convívio dos indígenas com outras sociedades.     Certamente, a educação escolar é a melhor forma de inclusão de sociedades, tanto para os segregados como para aqueles que segregam. A precária atenção do governo para essas pessoas acaba prejudicando a sociedade em geral. Pois os conhecimentos milenares dessas sociedades podem ser muito úteis para o povo urbano. Além de que o Brasil será cada vez mais rico em línguas, culturas e conhecimentos.      Em vista disso, a FUNAI junto com o Ministério da Educação devem investir muito mais nas tribos indígenas, garantindo a preservação de suas culturas e línguas e , ao mesmo tempo, incluindo esses povos às sociedades que as circundam. Dessa mesma forma, devem investir em materiais escolares, estruturas dos colégios e em professores, os quais em rede urbana devem conhecer as línguas indígenas próximas a eles.