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Enviada em: 05/02/2019

A Constituição Federal de 1988 ratifica por meio legal a existência da "Educação Escolar Indígena". No entanto, ao analisar os desafios para a educação desse grupo, evidencia-se o descumprimento do artigo responsável por garantir a formação educacional dessa minoria. Com isso, constata-se a inércia da situação, seja pela negligência governamental, seja pelo preconceito enraizado.   Segundo Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. Diante dessa perspectiva, a precária estrutura dos colégios criados para atender a população indígena dificulta o aprendizado de qualidade e acaba por marginalizar socialmente e economicamente essa parcela da sociedade. Dessa maneira, essa barreira reflete num corpo universitário composto minoritariamente pelo grupo supracitado, que passa a compor de forma majoritária a classe baixa do Brasil.    Ademais, o preconceito enraizado na sociedade acresce o problema. De acordo com o pensamento de Émile Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir, dotada de coercitividade. Logo se verifica que o passado histórico de violência cometida contra a população indígena derivou no surgimento de pensamentos pejorativos capazes de causar redução do olhar sobre o bem-estar dos menos favorecidos. Dessa forma, os desafios para a formação educacional se encontram no compartilhamento coletivo de ideais desiguais.    Fica claro, portanto, que é substancial o combate de tal problemática. Destarte, o MEC deverá colocar em pauta a necessidade de melhorar a estrutura das escolas indígenas e disponibilizar cursos capacitadores para os professores destinados ao ensino dessa parcela, a fim de criar uma leal competição para ingresso nas universidades. Sendo relevante ainda, a destinação de verbas às prefeituras para a realização de oficinas educativas com palestrantes focados em acabar com o preconceito, em busca de gerar harmônia e garantir os direitos cívicos de toda população.