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Enviada em: 09/02/2019

Em 1988, a nação brasileira avançava com a criação da Constituição Federal, onde declarava que a educação passaria a ser um direito a todos e dever do Estado, porém, na prática essa lei acaba sendo executada somente para alguns. O descaso com a educação da população indígena aumenta cada vez mais, e a comunidade, por sua vez, sofre com as consequências como a má infraestrutura escolar e a falta de oportunidades para a realização de uma formação acadêmica.       A didática com a comunidade indígena deve ser trabalhada de forma específica e aplicada, é necessário o desenvolvimento de projetos interculturais e bilíngue, que visem valorizar suas culturas e origens. Contudo a quantidade de professores capacitados para tal serviço é escassa. De acordo com o Ministério da Educação, 95% dos professores que exercem o trabalho em aldeias são indígenas, entretanto, alguns alunos acabam sendo dirigidos a escolas urbanas, onde convivem com pessoas que não estão acostumadas com suas culturas e o ensino não é voltado para sua língua nativa, o que acaba prejudicando o seu aprendizado.        Outra preocupação constante é a falta de oportunidades para ingressar em uma universidade. Dados apontado pelo Censo afirma que em 2016, 63% da população indígena não conseguiu entrar para uma faculdade. Isso ocorre porque a quantidade bolsas disponíveis para cotas não está de acordo com o número de pessoas que disputam pela vaga, o que acarreta a uma grande dificuldade e, em alguns casos, até perda de interesse para concluir uma graduação e obter um diploma.        Levando em conta o que foi observado, é necessário que o Governo junto com o Ministério da Educação, forneça projetos e cursos que qualifiquem profissionais da educação a ministrar aulas que oriente e facilite a aprendizagem para a comunidade, para que assim todos tenham a mesma qualidade de ensino. Além disso, é de extrema importância a criação de programas que garanta uma porcentagem maior de vagas e bolsas em instituições públicas e privadas, ingressando cada vez mais indígenas no campo acadêmico, para que assim o direto a educação passe a valor, de fato, para todos.