Enviada em: 15/02/2019

Promulgada pela ONU em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos garante a todos os indivíduos o direito à educação e ao bem-estar social. Conquanto, existem obstáculos no ensino dos nativos que impossibilitam que essa parcela desfrute deste benefício universal na prática. Diante dessa perspectiva, cabe avaliar os fatores que favorecem esse quadro.      A falta de benefícios concedidos pelo Estado é um agravante, visto que, muitas vezes, os indivíduos são forçados a abandonar os estudos para ingressar em um trabalho que garanta um salário mínimo precário, na tentativa de sustentar suas famílias. De acordo com o Portal do Estado, os indígenas são os que contam com o menor apoio do governo para pagar a faculdade, uma vez que, apenas 0,56% dos estudantes matriculados em universidades públicas são indígenas. Nesse contexto, é inadmissível que os indígenas não gozem de uma assistência social adequada, prejudicando sua qualidade de vida, gerando, assim, uma desigualdade.      Faz-se mister, ainda, salientar o preconceito sofrido por essa classe, trazendo dificuldades para conseguir um emprego, ou até, uma vaga em  uma instituição de ensino. "No meio do caminho tinha uma pedra, tinha uma pedra no meio do caminho." Por meio deste trecho do poeta modernista Carlos Drummond de Andrade, percebe-se que o homem, ao longo do seu desenvolvimento, encontra obstáculos em sua caminhada. É inaceitável que, em pleno século XXI, ainda exista esse prejulgamento, um dos maiores problemas da comunidade, que traz implicâncias na socialização e também, no caso dos índios, na instrução.       Portanto, classifica-se como indispensável a ação do governo na reformulação de leis contra o preconceito, deixando-as mais rígidas, além da capacitação dos indígenas por meio de cursos presenciais ou online e maior assistência social aos indivíduos, adquirindo verba por intermédio de um aumento na cobrança de impostos, promovendo, assim, uma sociedade mais igualitária, onde todos podem ter o direito à educação.