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Enviada em: 16/02/2019

O ser humano urbano tem evoluído muito ao longo dos últimos séculos, tendo inventado diversos artigos, tecnologias e até naves espaciais. Contudo, diante de todas essas evoluções muitos setores da sociedade deixaram de ser beneficiados, com destaque para as comunidades indígenas, uma vez que os mesmos sempre acabam sendo sufocados pelo alastramento da cultura urbana pelo país e pelo mundo. Com isso, muitos problemas tornam-se iminentes, principalmente aqueles relacionados ao fornecimento de conhecimentos específicos para as comunidades indígenas.   Nesses termos, faz-se necessário o aprofundamento no que tange aos assuntos da educação de nativos no país. Segundo a Constituição, todos os indígenas tem o direito de receber uma educação que seja compatível com seus valores e com as idiossincrasias de seu povo. Dito isso, é observável que na sociedade moderna essas predisposições legais não são integralmente cumpridas, posto que a Base Curricular Nacional é altamente voltada para o ensino dos costumes e descobertas científicas do homem moderno e urbano, fato que prejudica incisivamente os mais de 28 mil estudantes indígenas que estão nas cidades brasileiras, pois eles acabam sendo obrigados a dissolver a cultura de seu povo em detrimento da absorção dos ensinamentos estritamente científicos e contemporâneos.   Supracitado alguns dos elementos constitutivos da temática proposta, vale ainda mencionar um outro aspecto sobre a educação indígena no país, que é a dificuldade de ingresso ao ensino superior por essas pessoas. Segundo o Censo de 2016, mais de 60 por cento dos indígenas brasileiros não conseguiram bolsas para entrar numa universidade, tendo, no mesmo ano, pouco mais de mil indígenas ingressando numa instituição de nível superior. Tais dados, aliado a ineficiência do sistema de ações afirmativas do Brasil, permitem inferir que os índios são duramente impedidos de ascender na vida intelectual e econômica. Logo, faz-se imprescindível a criação de medidas federais para tratar essas questões.    Portanto, o Governo Federal deve juntamente com o Ministério da Educação criar complementos ao calendário federal de ensino, fazendo diretrizes que venham otimizar o ensino ao estudante de povoados indígenas. Para tanto, a criação de cursos capacitadores para professores que ministram aulas para indíos seria muito bem vista, pois faria com que os mesmos tivessem a devida integração com os ensinos modernos e os ensinos de seu próprio povo. Ademais, o Governo Federal deve direcionar maiores investimentos para programas de bolsas estudantis, como o Prouni, fazendo ,ainda, uma maior desburocratização do sistema, com o intuito de facilitar a entrada dos autóctones nas instituições de ensino superior, dando-lhes,assim, maiores chances de desenvolvimento pessoal.