Enviada em: 20/02/2019

Educação indígena no Brasil contemporâneo        Desde a ascensão do capitalismo, o mundo vem demasiadamente priorizando bens materiais em detrimento de valores humanos. Por essa razão, garantir educação de qualidade à população indígena é um desafio no Brasil contemporâneo, devido ao descaso governamental e a precariedade do setor educacional no país, o que viabiliza progressivamente a falta de representatividade política desses povos e um ambiente educacional não democrático. Destarte, torna-se fundamental a intervenção do Estado e de órgãos nacionais para resolver o impasse.        Incontestavelmente, '' é errôneo servir-se de meios imorais para alcançar objetivos morais'', dizia Martin Luther King. Analogamente, meio ao cenário corruptível brasileiro, o Estado não oferece devidamente os recursos legais exigidos à população tupiniquim. Segundo pesquisas elaboradas pela Rede Cultura em 2018, a comunidade indígena encontra-se desprovida do acesso à escolas próximas em seus territórios e desprovida de um órgão administrativo específico para atender a demanda populacional de acordo com as especificidades de cada etnia, o que dificulta a viabilidade do conhecimento e evidencia o descaso governamental.       Outrossim, '' a educação é o motor para o desenvolvimento humano'', dizia Nelson Mandela. Nesse sentido, nota-se a essencialidade das escolas para a formação de caráter e características de uma nação. Entretanto, em função da ausência de um sistema educacional próprio, a identidade cultural indígena não é preservada e torna-se diariamente sujeita à culturalização urbana, fator que representa a ineficiência democrática da organização nacional, aliada a falta de especificidade de um fundo econômico próprio, contribuindo então para o sentimento de não representatividade política.      Logo, conforme a teoria newtoniana, cada ação gera uma reação. Portanto, a FUNAI ( Fundação Nacional do Índio), em parceria com o Estado e por meio da criação de um fundo econômico específico à questão, devem selecionar as regiões indígenas deficientes em investimentos e promover a construção de novas escolas como também a distribuição dos materiais didáticos necessários. Além disso, o Ministério da Educação deve elaborar um sistema educacional diferenciado que atenda à todas as particularidades de cada povo indígena estando de acordo com a etnia, a fim de garantir a continuidade e o respeito à cultura da população tupiniquim. Assim, o conjunto dessas ações possibilitarão a democratização da educação indígena no Brasil contemporâneo.