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Enviada em: 23/02/2019

No século XVI como a Igreja Católica estava em busca de um maior número de fiéis, Portugal trouxe em sua expedição padres jesuítas para a catequização indígena. Mediante à resquícios da formação nacional, tais povos enfrentam problemáticas no sistema educacional brasileiro moderno. Dessa forma, a ausência de um ensino especializado e específico para tal povo, acarreta maiores chances de um futuro prejudicado.       De acordo com o antropólogo Bronislaw Malinawski, as diferentes sociedades encontram formas distintas de soluções para os mesmos problemas, e que isso deve ser respeitado e valorizado. Contudo, o sistema de ensino ofertado à eles, apresenta uma abordagem sem coesão com sua realidade e cultura. Assim, os índios são submetidos à aprendizados que não são comprovados pela própria vivência, por constituírem características de um distinto conjunto de costumes sociais, e por conseguinte, ocorre uma anulação de sua identidade individual.       Sob esse viés, segundo Franz Boas, a civilização não é um conceito que pode ser definido e aplicado às divergentes organizações sociais. Desse modo, tal aspecto atrelado à falta de capacitação de professores e a distribuição de um material majoritariamente em uma linguagem estranha para eles, diminui seus direitos previstos na Constituição de 1988, uma vez que, sem as devidas condições não há educação de qualidade. Logo, sem a devida correção de tais problemas, os indígenas tendem a persistirem nas mazelas sociais.        Portanto, para que a educação do século XXI não perdure mais como a ordem jesuítica disfarçada, é necessário ação. O Ministério da Educação em parceria com professores especializados e chefes de tribos, por meio do diálogo e escrita, podem editar livros didáticos para esse público adaptando-os para as próprias vivências sociais, para que estes possuam devidamente os direitos respeitados e a cultura imaterial preservada. Já Organizações Não Governamentais e o Ministério da Justiça e Cidadania, aumentar a oferta de cursos de pedagogia indígena, capacitando assim, um maior número de pessoas a dar assistência a tal grupo social.