Materiais:
Enviada em: 28/02/2019

A frase de Platão: "O importante não é viver, mas viver bem" é perfeitamente análoga à necessidade de garantir a formação educação de indígenas. Entretanto, no Brasil atual, esse direito é dificultado devido à ausência de apoio de organizações e de políticas públicas. Desse modo, a educação da população indígena sofre desafios na sociedade brasileira.    Vale ressaltar, de início, que a formação educacional dos povos indígenas é prejudicada pelo preconceito. Esse fato ocorre pela noção de rudimentalidade atribuída aos nativos oriunda da Colonização portuguesa, a qual trouxe um legado negativo aos indígenas, historicamente definidos como selvagens, o que é pejorativo perante à vasta cultura e tradição desses povos, algo ignorado nos relatos etnocêntricos de Pero Vaz de Caminha. Assim, organizações como a FUNAI devem atuar no cotidiano dos indígenas, evitando qualquer preconceito ou violação contra os direitos desses povos.    Ademais, a ausência de políticas públicas eficazes atrasa a formação educacional dos povos indígenas do Brasil. Tal afirmação baseia-se na ineficácia das instituições públicas de ensino em graduar esses cidadãos, pois há a evasão no meio educacional, consequência do precário conhecimento básico desses povos ao adentrar no meio técnico. Nesse aspecto, é válida a ideia de Jürgen Habermas, em que incluir não é só trazer para perto, mas respeitar e crescer junto com os indivíduos, algo que poder ser aplicado no dever o qual o Estado tem de garantir o ensino básico dos povos indígenas brasileiros, visando a inclusão social desses cidadãos.    Fica evidente, portanto, que a formação educacional dos povos indígenas sofre desafios na sociedade brasileira. Por isso, é mister que a FUNAI resguarde os direitos desses povos e proteja suas propriedades, por meio de proteção policial nas reservas e de fiscalizações e auxílio humanitário nas áreas desses cidadãos, como as ações do INCRA no Piauí, as quais ajudaram quilombolas na demarcação de terras e destinou alimentos ao povoado, para que os indígenas tenham a condição suficiente para uma vida digna e uma formação educacional de qualidade. Além disso, o Estado deve garantir o ensino básico aos povos indígenas e prover o acesso desses povos à universidade, por intermédio de investimentos na infraestrutura escolar e de políticas públicas essenciais, como o custeamento do transporte desses cidadãos, garantir a redução da evasão escolar e um "bom viver" platônico.