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Enviada em: 09/03/2019

O filósofo John Rawls, a partir de uma situação hipotética ilustra uma sociedade justa, em que um grupo de pessoas elaborariam todas as leis morais e jurídicas antes de morrerem e voltarem a vida sem saber a posição ou lugar que estariam no corpo social. No Brasil, é evidente que para essa sociedade utópica, teriam que criar uma legislação específica e ativa para a população indígena, principalmente na educação, pois enfrentam grandes desafios. Nesse contexto, é possível afirmar que a maioria das dificuldades dos índios na educação, estão na infraestrutura e na formação docente deste povo.       sob esse viés, é necessário destacar a precária infraestrutura na educação para os índios como fator de dificuldade. Grande parte desse grupo não tem muito para a educação básica onde residem, sendo dos que recebem uma educação escolar, ou vão às aulas em locais improvisados e inapropriados como casas da tribo, ou vão às escolas em zonas urbanas. nesse sentido, não raro a segunda opção vai contra a Constituição de 1988, que reconhece da etnia, o direito de ser índio, viver e permanecer como tal, pois a maioria das escolas urbanas desconhecem os costumes, tradições e línguas da comunidade em questão, forçando um processo pedagógico não adequado. Desse modo, é notório a necessidade da melhoria infraestrutural para os povos indígenas em suas localidades.       Além disso, outro desafio para educação da população indígena é a falta de formação docente do grupo étnico. Os professores que não são índios têm dificuldade de exercer o cargo para esse povo, pois muitas vezes desconhecem sua cultura, que é essencial para esse processo educacional. Já os graduados indígenas na área de educação, são poucos, pois enfrentam barreiras para uma formação, como mostra os dados do Censo 2016, em que 63% dos índios não conseguiram vaga gratuita ou não foram selecionados pelos programas para custear faculdades privadas. Nessa conjuntura, forma-se uma grande empecilho para a garantia qualificada da educação indígena, pois para isso é preciso de professores do meio formados.       Portanto, para garantir que os povos indígenas tenham acesso à educação qualificada, é essencial que em parceria com os estados e municípios, o MEC custeie e construa escolas em todos os povoados nativos, dando subsistência não só na criação, mas como apoio pedagógico. Assim, a educação indígena terá lugar e apoio para funcionar. Ademais, é imprescindível que mais uma vez o MEC, abra turmas somente para índios em universidades localizadas onde há maior demografia de tal povo, para que haja uma formação docente indígena com maior facilidade. Dessa forma, o Brasil poderá superar os entraves à educação indígena e se aproximar, em relação a educação para o índio, da sociedade justa de John Rawls.