Materiais:
Enviada em: 27/07/2019

Observa-se na sociedade hodierna, que os indígenas ainda são uma ampla parcela que enfrenta dificuldades em busca da sua inclusão, e na educação esse fato é bem expressivo. Isso se deve, sobretudo, à um restrito acesso as escolas, dificuldades do aculturamento e um sistema de cotas desigual. Desse modo, o Governo deve posicionar-se acerca da atual conjuntura e minimizar esses problemas por meio de intervenções sociais e sistêmicas.       Nessa perspectiva, desde o período do colonial que os povos indígenas perderam expressivamente o direito de se impor como cidadão, principalmente por causa de sua cultura, e devido a práticas repressivas por parte dos Jesuítas e colonos. Atualmente, os índios, possuem o direito de receber educação especializada assim como previsto na Constituição Federal (1988) e na LDB, porém, na prática, tal povo recebe um ensino carente de qualidade, mobilidade e respeito com o seu modo de vida, fatos pertinentes a baixa e deficitária atuação da FUNAI em gerir e direcionar a qualidade de ensino a tal povo. Dessa forma, uma alternativa plausível é uma reestruturação da FUNAI e um maior direcionamento de recursos ligados a educação.       Ademais, de acordo com o Censo de 2016, 63% dos estudantes indígenas não conseguiram adentrar na faculdade de maneira gratuita por meio dos recursos ofertados pelo Governo. Tal dado, demonstra a falta de uma qualidade no ensino, um preparo condizente com suas necessidades, além de um sistema de cotas desigual, que deveria ser feito baseado na proporção de alunos que estão nas escolas, visto que a educação é a melhor maneira de formar cidadãos, independente de suas origens. Dessa maneira, uma solução exequível é a realização de uma revisão no sistema de distribuição de cotas.       Portanto, evidencia-se a necessidade da adoção de medidas que busquem um ensino qualitativo e igualitário para os indígenas. Para isso, o Ministério da Justiça e o Poder Legislativo, principais responsáveis pela distribuição de verbas à Funai, devem rever a aplicabilidade de recursos ao órgão indigenista, ofertando recursos educacionais necessários para o desenviolamento da mesma, próximo às tribos e locais de vivencia, com o fito de proporcionar um ensino de qualidade e especializado a tal povo que é a base da origem da sociedade brasileira, e buscar inseri-los na sociedade sem preconceitos. Ademais, o Ministério da Educação(MEC) e o IBGE devem realizar um censo mais especifico com relação a população indígena, de modo a identificar suas necessidades e promover uma maior oferta de vagas em faculdades e universidades públicas, aumentando o número de vagas para cotistas, visando um maior bem-estar social.