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Enviada em: 15/03/2019

A preocupação com a educação indígena se estende desde 1549, com a chegada dos jesuítas no Brasil Colônia e a catequização por parte desses. Essa questão continua a ser debatida, mesmo cinco séculos depois, devido a notória infraestrutura precária e carência de atributos particulares para atender essa parcela da população, que sofre com as barreiras para uma formação digna.       De acordo com a Constituição Federal de 1988, "Os povos indígenas têm direito a uma educação escolar específica, diferenciada, intercultural, bilíngue/multilíngue e comunitária,...". Porém, com a falta de escolas, principalmente nas regiões mais próximas as aldeias, o cumprimento da lei torna-se um desafio. Além disso, por muitas vezes os municípios são incapazes de manter a educação aborígene, devido ao seu custo elevado, o que acarreta no aumento constante do problema sem que haja amparo pelos órgãos competentes.       Ademais, raramente encontra-se respeito com as peculiaridades culturais dos indígenas. Visto que grande parte dos profissionais não possuem convívio direto com esse grupo e os materiais de estudos oferecidos pelo Ministério da Educação (MEC) não apresentam uma linguagem adequada para educação dos índios, apresentando exemplos não vistos no cotidiano aborígene, esses tendem a sentir-se desconfortáveis no ambiente escolar não planejado de maneira receptiva.       Desse modo, é evidente a necessidade de reformas educacionais. Assim, torna-se indispensável o aumento de investimentos por parte do Governo, a fim de colaborar com os municípios carentes. Além disso, o MEC deve trabalhar na produção de materiais adequados, preparação de professores e programação que respeite a cultura indígena. Só assim a promessa de educação para todos será cumprida.