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Enviada em: 08/04/2019

A negligência do Estado com qualquer grupo social vai de encontro à construção de uma sociedade livre, justa e solidária, como prevê a Carta Magna, de 1988. Entretanto, percebe-se que no Brasil contemporâneo ocorre o mesmo que no Brasil colônia: irrespeito descomunal com a cultura indígena. Atrelado a isso, os indígenas são subjulgados, visto que os seus direitos não saem do papel. Nessa conjuntura, é necessário analisar as implicações para essa problemática em âmbito sociopolítico: pela ausência mediadora do Estado e pelo arcaísmo ideológico de parte da população.     Inicialmente, consoante com o pai do liberalismo político John Locke, o Estado deve garantir os direitos naturais dos indivíduos. Análogo ao imbróglio, observa-se que o conceito está deturpado no país, à medida que os indígenas permanecem sem desfrutar dos seus direitos. No entanto, segundo o pensador e ativista Michel Foucault, é preciso mostrar para as pessoas que elas são mais livres do que pensam para quebrar pensamentos errôneos construído em outro momento da história. Logo, uma mudança nos valores da sociedade é fundamental para transpor as barreiras do preconceitos com a comunidade indígena.     Ademais, o preconceito de parte da população, que age de maneira excludente e omissiva é o principal entrave. De fato, Émile Durheim, em seu estudo social, diz que o fato social é caracterizado pela forma de agir e pensar da sociedade. Portanto, comportamentos tendem a ser reproduzidos durante gerações, nesse caso, mantendo o grupo indígena a margem dos seus direitos.      Portanto, afim de garantir solução para o obstáculo, é necessário que o Ministério da Educação, em sinergia as redes escolares privadas e estatais, elabore uma semana específica no ano letivo, que poderá se chamar "Diversidade em foco". Nela, haverá a transformação a longo prazo, da mentalidade preconceituosa, por intermédio de gincanas pedagógicas, de peças teatrais didáticas, até mesmo, de um sistema mensal de palestras educativas e especializadas, com representantes do Ministério Público, por exemplo. - Uma vez que as ações sociais coletivas têm imenso poder transformador - afim que a comunidade escolar e a sociedade no geral, por conseguinte, conscientizem-se.