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Enviada em: 10/04/2019

Um dos ideais da revolução francesa do século XVIII era a igualdade, tida como peça fundamental para o processo de erradicação das desigualdades da época. Para a sociedade atual não deveria ser diferente, no entanto, tal realidade é distorcida no que se refere à  educação da população indígena no Brasil. Nesse sentido, é relevante avaliar os principais impactos dessa problemática na sociedade brasileira.     De acordo com o censo 2016, 63% dos indígenas não conseguiram vaga gratuita ou foram selecionados pelo Fies ou Prouni. Tal pesquisa mostra como há uma grande disparidade entre a educação ofertada nas aldeias indígenas em relação a educação promovida no meio urbano, e como isso afeta diretamente na inserção da população indígena no ensino superior, e consequentemente na inclusão dessas pessoas no mercado de trabalho, tendo como consequência uma ínfima participação do índio na sociedade. É inadmissível que medidas não sejam tomadas para reversão desse problema que causa tamanho isolamento social a essa parcela da nação que tanto contribui na construção da cultura do país.    Além disso, outro desafio para a educação da população indígena é a dificuldade que se tem em conciliar o estudo de suas próprias culturas e os elementos que as constroem como: a língua, a religião e os costumes; com o ensino básico promovido no meio urbano. Consequência disso seria grandes disparidades em relação ao conteúdo cobrado nas aldeias indígenas no que se refere às cidades urbanas, o que pode acarretar grande dificuldade dos índios em realizar vestibulares que cobram conteúdos padrões e que não tem muita relação com a grade curricular lecionada nas escolas dessas populações.     Considerando os aspectos  mencionados, fica evidente a necessidade do Estado intervir nessa situação investindo na formação dos professores indígenas, fomentando o ensino direcionado à vestibulares tradicionais sem que haja a supressão do  direito do ensino da própria cultura indígena. Só assim a educação no Brasil será igualitária para todos.