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Enviada em: 23/04/2019

Atualmente, existem poucas tribos indígenas no Brasil e, muitas vezes, elas estão localizadas em áreas afastadas das grandes cidades, o que acarreta e dificulta diretamente no acesso ao ensino das crianças indígenas. Além disso, existem outra dificuldades para manter o ensino e contratar profissionais que consigam cumprir o que aparece na lei. O ensino que as crianças e jovens indígenas devem ter acesso é diferente do que é ensinado nas escolas das cidades, é previsto por lei, por exemplo,  que eles tenham um ensino bilíngue/multilíngue de acordo com as línguas faladas em cada tribo. No entanto, para que isso aconteça é necessário profissionais que façam parte da cultura e tenham domínio das línguas para conseguir trabalhar em sala, porém, na maioria dos casos, eles não têm condições de conseguir bancar faculdades particulares, e uma pesquisa apontou que 63% dos índios não conseguem o ensino de forma gratuita.  Sendo assim, não há como proporcionar o ensino adequado e previsto em lei, tendo em vista que não há profissionais capacitados por falta de oportunidade. Além das questões de localização, já que a grande maioria das tribos estão distantes das cidades onde há escolas e as crianças acabam sendo obrigados a se deslocar através de barcos, sem segurança e o mínimo conforto. Sem contar também, que o material usado dentro das escolas letivas normais não buscam comtemplar a vivência e cultura dessa etnia tornando o aprendizado muito complicado. O governo deveria tomar como o exemplo a faculdade UNICAMP em Campinas que disponibilizou, depois de anos de manifestações dos estudantes, em 2018 um vestibular adaptado e específico para indígenas onde de 354 candidatos que fizeram a prova houve 68 aprovados, e criar para todas as faculdades públicas um vestibular específico para indígenas. Além de disponibilizar verba para as apostilas específicas, facilitar a locomoção para escolas e revisar o sistema de aprovação em faculdades particulares em casos como os deles.