Enviada em: 19/04/2019

Assim como diz o economista britânico Sir Arthur Lewis, a educação nunca foi despesa, sempre foi investimento com retorno garantido, porém, de diversas maneiras, a educação da população indígena no Brasil é um desafio, afinal, eles possuem uma cultura diferente da civilização ocidental.       Em primeiro lugar, as dificuldades para os indígenas começam desde o acesso à escola. Embora existam tribos que se situem mais próximas às instituições de ensino, uma boa parte dessa população se encontra em áreas isoladas, obtendo dificuldade de chegar ao colégio. Outrossim, ao chegarem à escola, seja em nível superior ou não, existe a dificuldade de nivelamento, pois o Brasil, embora seja um país plurilíngue, caracteriza-se como idioma oficial o português, fazendo com que nem o professor entenda o aluno, nem aluno entenda o professor.       Paralelo a isso, a educação do povo indígena necessita ser diferente. É necessário que seu povo saiba suas culturas, comidas, danças e idiomas, portanto, como assegura o governo, eles têm direito a uma educação escolar específica. Nesse sentido, é necessário que professores entendam para quem estão dando aula e de preferência, sejam desta mesma tribo.        Diante da problemática, medidas são necessárias. É vital que a base comum curricular seja obedecida e fiscalizada pelas secretarias da educação, para que índios tenham uma educação globalizada, mas também saibam de sua própria história, bem como matérias específicas, como caça, pesca e danças típicas. Não só isso, é necessário a articulação do governo, seja para meios fáceis dos indivíduos chegarem à escola como carros ou barcos -no caso de travessia de rios-, ou para a construção de escolas nas aldeias, procurando sempre respeitar o espaço delimitado a eles e manter uma estrutura escolar parecida com sua cultura. Partindo disso, todos os brasileiros, sendo indígenas ou não, conseguirão aprender sobre seu passado e a pluralidade de culturas no país, fazendo que se tornem adultos que respeitam as diferenças.