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Enviada em: 22/05/2019

Historicamente, o final do século XV é marcado pela chegada dos portugueses no Brasil, que, ao longo do tempo, apropriaram-se dos recursos naturais e quase exterminaram a cultura nativa, assim como seus seguidores. Hodiernamente, referindo-se à educação indígena, é evidente que está em situação crítica no país sul americano, potencializada pela inércia governamental e pela exclusão social.       Em primeira análise, vale ressaltar que, segundo o historiador Raymundo Faoro, o Estado possui grande capacidade de proporcionar á população melhores condições no sistema público, porém a burocracia aliada à corrupção dificultam sua atuação. Sob essa ótica, é evidente que, no Brasil, as escolas públicas, em sua maioria, não oferecem aos alunos indígenas boa qualidade de ensino e, concomitantemente, possuem uma péssima infraestrutura. Como consequência, surge um obstáculo do discente em concorrer à uma vaga em uma boa universidade.           Ademais, é importante pontuar a Teoria do Fato Social, do sociólogo Émille Durkhein, a qual afirma que o modo de agir e de pensar de um indivíduo é resultado da ação coercitiva de um grupo dominante. De acordo com esse pensamento, é visto que a cultura indígena é pouco valorizada ou discutida nas escolas em geral, herança do pensamento xenofóbico e coercitivo criado no período colonial. Além disso, o estudante índio encontra-se excluído do espaço escolar, devido à diferença cultural, incentivando-o a abandonar o ambiente de aprendizado.        Diante do supramencionado, é evidente que ações são necessárias para mitigar os problemas discutidos. Portanto, o Governo deve melhorar as condições enfrentadas nas escolas públicas, por meio de políticas de transparência que visem à redução dos desvios de verbas, para garantir os investimentos destinados ao setor de ensino. Concomitantemente, a escola se vê com a responsabilidade de romper o padrão coercitivo supracitado, por meio de aulas voltadas ao ensino da cultura indígena e de aproximação cultural, para garantir que os alunos de descendência nativa sejam incluídos no ambiente de formação educacional.