Materiais:
Enviada em: 30/05/2019

A colonização do Brasil, em 1500, causou a concentração populacional litorânea, que se manteve assim até o século XXI, e isolou a maioria das comunidades indígenas no Norte e no Noroeste do país. Na atualidade, as distâncias "diminuíram" com a chegada da internet e a melhoria dos transportes. Entretanto, a educação dos povos indígenas continua estagnada, fato causado pela falta de estrutura das escolas e pelo baixo investimento estatal na área.    Primeiramente, constata-se a má infraestrutura escolar, ressaltando, desse modo, a diferença educacional dos povos indígenas. Sob esse viés, Santo Agostinho, importante filósofo e teólogo cristão, defende que todos os indivíduos de uma sociedade têm os mesmos direitos e deveres, estes também sendo assegurados pela Constituição Federal de 1988. Conquanto, percebe-se uma enorme defasagem na educação, principalmente das comunidades ribeirinhas, as quais apresentam dificuldades de acesso do ensino. Assim, as intempéries da má qualidade de ensino corroboram à fragilidade do ensino em tais locais.     Além disso, a falta de investimentos na educação é um fator que contribui para a fragilidade do ensino dos índios. Desse modo, a Teoria dos Capitais, do sociólogo francês Pierre Bourdieu, conclui que o acúmulo de vantagens e de recursos ao longo da vida é decisivo na formação social do indivíduo. Assim, por ter menos acesso a um ensino digno, a comunidade indígena sofre perdas no tocante ao engrandecimento do ser, o que causa, muitas vezes, o desajuste social e falta de oportunidades na vida laboral.     Para que a educação indígena brasileira melhore, é necessário, portanto, que o Ministério da Educação e Cultura invista na criação e reestruturação das escolas, por meio do financiamento de campanhas de ativistas educacionais, a fim de promover uma melhor adequação do ensino e, posteriormente, aproximar as oportunidades na vida, como defende Bourdieu. Assim, a lacuna presente entre a educação nas diversas partes do país pode ser diminuída.