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Enviada em: 06/06/2019

A Constituição Federal de 1988 junto com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) garante a todos os povos indígenas um ensino de qualidade e que atenda toda população.Uma parcela desse grupo,no entanto,não consegue usufruir desse direito na prática,visto que a precária estrutura em algumas escolas aborígenes causam vários desafios para uma didática qualificada.Esse preocupante quadro encontra importantes agravantes na infraestrutura dos colégios e os materiais didáticos inconsistentes.    Em primeiro plano,é indubitável que a falta de uma infraestrutura adequada para a educação dos indígenas impacta diretamente na qualidade da aprendizagem e está entre as causas do problema.Embora o Governo tenha feito esforços para que esse cenário melhorasse,o atendimento ficou a escolas de mais fácil acesso em geral,no meio urbano,com isso as aulas ocorrem em locais improvisados e inadequados que em inúmeras vezes não possuem bibliotecas e laboratórios.Comprova-se isso com o Censo Escolar de 2017,uma vez que cerca de 30% das acadêmicas aborígenes não dispõem de um espaço físico construído pelo poder público para funcionar,o que evidência tais desafios para minimizar esse quadro alarmante.Consequentemente,compromete-se sua formação acadêmica visando as exigências de um mercado de trabalho competitivo,enxuto e excludente.     Ademais,a ausência de matérias didáticos qualificados e específicos também é uma das causas dessa problemática,já que essa ferramenta,em geral,não é conduzida pelos indígenas o que ocasiona a perca de suas tradições.De acordo com a Agência Brasil,os estudantes da aldeia Sowaintê,em Rondônia,utilizam livros da etnia tupinambá,da Bahia,o que demonstra contextos extremamente diferentes,posto que cada povo possuí sua história e cultura diversificada.Consequentemente,essa prática traz efeitos negativos para a continuidade das crenças,etnias,línguas e os costumes dos índios brasileiros.    Portanto,uma infraestrutura inadequada e a falta de materiais didáticos específicos agravam o preocupante quadro da educação dos indígenas no Brasil.A fim de efetivar suas oportunidades acadêmicas,cabe ao poder executivo e o Ministério da Educação oferecer um espaço físico adequado para os jovens e livros produzidos pelos próprios aborígenes,considerando o próprio idioma local e as especialidades de cada cultura,por meio de licitações e contratação de professores nativos que possuem experiência comprovada,para que esses impasses possam ser amenizados.Aumentem,assim,as chances de ser alcançar uma cidadania realmente legítima e plural.