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Enviada em: 10/06/2019

Segundo a lei de Newton, para que um corpo saia da inércia é preciso que haja uma força que atue sobre ele. Nesse contexto, para que a educação indígena saia da inércia é necessário reconhecer os desafios e que haja uma força que os modifiquem. A falta de professores qualificados e a precariedade da estrutura das escolas são alguns dos problemas encontrados.        Em primeiro lugar, a formação de docentes destinados a atender a demanda educacional indígena é ínfima. A quantidade de professores para a educação brasileira não atende a necessidade das escolas e tampouco os locais reservados à população indígena, que requer uma formação diferenciada conforme sua cultura e tradição. A responsabilidade que a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) destinou ao Ministério da Educação (MEC) não modificou o panorama. Por essa razão, em 2017 o Censo Escolar mostrou que existem mais de 2 milhões de professores no Brasil, porém aqueles que são formados para as escolas indígenas não chega a 10%. Isso demonstra que a força atuante para tirar o corpo da inércia não está sendo suficiente.        Para Newton, construímos muros demais e pontes de menos. Agindo nesse contexto, as barreiras para garantir uma educação de qualidade para os índios sobressaem às pontes que assegurem esse direito. De tal modo que, a estrutura física das escolas é decerto um local que mostra a precariedade que os investimentos do poder público são destinados. Boa parte dos espaços físicos que deveriam estar funcionando como uma égide educacional se encontra apenas com paredes erguidas. Com isso, as aulas são ministradas em locais improvisados, em casas de moradores ou até mesmo embaixo de árvores. Prova disso, dado do Censo Escolar de 2017 revela que mais de 30% das escolas não possuem estrutura física adequada para seu funcionamento. Possivelmente a lógica em dizer que construímos muros demais e pontes de menos faça um real sentido. Talvez falte força que construa pontes necessárias para lidar com os desafios enfrentados pela população indígena dita por Newton.       Dessa forma, compete ao Governo Federal juntamente com os órgãos que defendam os interesses dos índios, como a FUNAI, garantir o pleno gozo da educação. Assim, é necessário promover formação adequada em número e qualidade dos professores para a população indígena, garantindo mais vagas e cursos nas universidades. Além disso, cabe ao Estado construir escolas com estrutura adequada que atendam os indígenas de todas as áreas, incluindo aquelas mais distantes da zona urbana, promovendo uma educação igualitária. Só assim teremos um corpo saindo da inércia e construindo mais pontes.