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Enviada em: 07/08/2019

No Brasil, a educação sempre foi um problema. Décadas após décadas, vários governantes focaram seus esforços na melhora do ensino no país, porém tal esforço não foi suficiente para sairmos dos lugares mais baixos de rankings internacionais sobre o tema. Para os indígenas, o desafio é ainda maior: além de lidarem com o isolamento geográfico, que dificulta desde a chegada de materiais à de professores, precisam dar conta de uma grade curricular diferenciada e que englobe tanto as matérias costumeiras das escolas, como as que valorizam seus conhecimentos tradicionais.     Primeiramente, é preciso entender que a distância geográfica das aldeias, muitas vezes é um problema. Não são todas as tribos que possuem professores graduados ou aptos para ensinar, e a chegada de docentes de fora fica muito atrelada às condições de acesso da região. Entretanto, por muitas delas serem em locais que é necessário a preservação ambiental, acaba sendo inviável ampliar a malha de transporte, como montar uma rodovia no meio da Floresta Amazônica, por exemplo. A solução, então, passa por um esforço de capacitar índios para serem professores em suas próprias comunidades, algo que já existe, mas não é uma regra para todas. Além disso, deve-se se somar um esforço de, ao menos, conseguir levar a internet para essas localidades, para que o ensino a distancia possa ser um aliado.      Outro desafio que seria necessário superar é a da grade curricular. Até anos atrás, ela era determinada de modo local, algo que mudou com a Grade Comum Curricular imposta pelo Governo Federal. A partir desta, se tem algumas diretrizes do que é necessário ao aluno aprender, ao longo da sua vida escolar, em matérias como física e química, por exemplo. Porém, além desses assuntos comuns tanto à população indígena, como à de cidades grandes, esses povos precisam aprender também nas escolas sobres suas tradições, sobre sua língua mãe e sobre práticas que lhe serão uteis na aldeia, como pescar ou plantar; questões essas que não deixam de ser um ensinamento cultural. Logo, é preciso conciliar toda essa carga escolar e fazer com que esses jovens consigam aproveitar ao máximo seu tempo acadêmico.       Em suma, é certo que a questão da educação é importante para todo o país, mas quando se trata do ensino indígena, é preciso ainda mais esforços. O primeiro dele deve ser por meio do Governo Federal, que deve investir em bolsas de estudos integrais à índios que queiram se formar como docentes, e voltar às suas tribos para ensinar os jovens. O segundo é, através do Ministério de Infraestrutura, promover a expansão do acesso à internet, algo de que será necessário investimento estatal, mas que não é difícil de se concretizar através de tecnologias como as de satélite. Por fim, é preciso fazer que o aluno dê conta da sua grade escolar, para isso, deve ser adotado o ensino integral nas aldeias, iniciativa que mostra já ter melhorado o desempenho até em cidades grandes, exemplo disso as que o adotaram em Pernambuco.