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Enviada em: 12/08/2019

‘No meio do caminho tinha uma pedra, tinha uma pedra no meio do caminho’. Através deste trecho do poeta modernista Carlos Drummond de Andrade vê-se que determinado problema se configura como um obstáculo na vida dos indígenas brasileiros. À medida que o preconceito aos quais eles são submetidos dentro das instituições escolares e a falta de apoio público, vem trazendo grandes desafios para que esses povos possuam um ensino qualificado em nosso país. Desse modo, convém analisarmos as consequências de tais casos. Como supracitado, o preconceito vem se tornando um dos grandes entraves para uma educação de qualidade aos índios brasileiros. Isso ocorre, devido um estereótipo imperado em nossa sociedade de que o indígena tem determinada cor de pele e que só “anda nu”, o que acabada influenciando termos pejorativos como ‘nossa! você usa roupa!?’, ‘tem celular melhor que o meu’. Como ocorreu, por exemplo, com a índia Valéria Truká, que conseguiu entrar Universidade Estadual da Bahia (UNBE), e teve que enfrentar ataques discriminatórios como estes ao longo de seu curso. Diante disso, é inadmissível que uma sociedade que se diz tão globalizada ainda cometa este tipo de ato. Outrossim, a falta de apoio público acaba denegrindo ainda mais o direito ao multiculturalismo educacional indígena. Por conseguinte, trazendo à pouca disponibilidade de materiais didáticos nas aldeias e, mormente a ausência de profissionais qualificados para ministrar os ensinos básicos. Segundo Antônio Lobo, escritor, um povo que lê nunca será um escravo. A partir dessa análise, é evidente o quanto é prejudicial essa despreocupação institucional com a educação indígena, pois inibi que até mesmo as pessoas mais velhas da tribo deixem seus ensinamentos de vida aos seus descendentes. Destarte, é mister que os Estado em sinergia com o Ministério Da Educação elaborem projetos para um ensino mais qualificado aos povos indígenas, por meio professores qualificados para ministrar aula de acordo com cada etnia, com materiais didáticos específicos a cada aldeia para que os educadores os utilizem ao repassar seus conteúdos, e amplas divulgações midiática falando de forma mais abrangente e constante na mídia sobre o respeito e a importância de preservamos a cultura indígena. Dessa forma, levar uma educação mais qualificada a esses povos e, posteriormente, transformar o Brasil numa país mais igualitário e menos preconceituoso.