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Enviada em: 26/08/2019

Na mitologia grega, Sísifo foi condenado por Zeus a rolar uma pedra morro acima eternamente. Todos os dias Sísifo atingia o topo do rochedo, contudo era vencido pela exaustão, e a pedra retornava de novo para a base. De maneira análoga, os entraves que envolve a educação indígena no Brasil, em muito se assemelha a condenação de Sísifo. Todos os dias indígenas buscam por polícas que visem a construção de uma educação que os inclua na realidade socioeducacional brasileira. Nesse sentido, é necessário que subterfúgios sejam encontrados a fim de resolver essa inercial problemática.  A Constituição de 1988 garante a todos os indivíduos o direito a educação. Hodiernamente, ocupando a nona posição na economia mundial seria racional acreditar que o Brasil possui um sistema público educacional eficiente. Entretanto, a realidade é justamente o oposto e o reflexo desse contraste é claramente refletido na ineficiência da educacional indígena brasileira. Segundo Imannuel Kant, filósofo prussiano, "No problema da educação é que se apresenta o segredo do aperfeiçoamento da humanidade".Logo, verifica-se que esse conceito se encaixa na realidade brasileira, visto que há muito para aperfeiçoar.   Faz-se mister,ainda, salientar a realidade socioespacial e socioeconômico como impulsionador do problema.Haja visto,que por habitarem em locais distantes de áreas educacionais,não há acesso prático a tais áreas.Por conseguinte,o fator econômico impede que essas populações invistam em recursos de educação-fundamental a superior- e transporte para se locomoverem aos centros educacionais. Segundo o Estadão, o analfabetismo indígena no Brasil é 23,3% contra 9,6% do restante do país.   Infere-se,portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem a construção de um mundo melhor.Dessa maneira urge que o governo invista em educação presencial e online, através de professores capacitados que aprendam a língua indígena. Além disso, há necessidade de investimentos em construção de escolas em locais com maior habitação indigena. Com essas ações espera-se que a analogia da condenação de Sísifo com a realidade indígena, não perpetue eternamente.