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"A voz do silêncio" é um anime que retrata a vida de Shouko, uma menina surda que tenta iniciar seus estudos em uma escola no Japão. No entanto, a protagonista encontra dificuldades de ser aceita na escola devido a sua falta de audição. De maneira análoga, é possível notar que deficientes auditivos frequentemente encontram obstáculos para concluir sua formação educacional no Brasil, como a falta de infraestrutura nas escolas e o bullying que sofrem devido a sua condição, fatores que impedem sua plena inserção na sociedade. Em primeiro plano, é válido ressalta o despreparo das instituições educacionais para atender alunos com deficiência auditiva. Segundo o filosofo grego Aristóteles, "Devemos tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais a medida de suas desigualdades". Tal máxima parece não ser alcançada no país, pois, apesar da Constituição de 1988 garantir a todos o acesso a educação, o que se observa são escolas que não conseguem suprir as necessidades dos deficientes, fato que é comprovado pela escassez de professores que conheçam a linguagem de sinais. Desta forma, entende-se a necessidade de reconhecimento para com esse grupo, para que sejam tratados como cidadãos e possam ser beneficiados daquilo que tem direito. Ademais, observa-se a dificuldade que os surdos encontram de serem aceitos pelos alunos. De acordo com o filosofo iluminista Voltaire, preconceito é opinião sem conhecimento. A esse respeito, percebe-se que a falta de conhecimento acerca da existência de pessoas diferentes do que se está acostumado agrava a exclusão que os surdos sofrem ao se inserirem no ambiente escolar, o que resulta em casos de bullying contra aqueles que possuem deficiência, e que impede que esse grupo se concentre nos estudos. Desse modo, é preciso combater a intolerância e o desrespeito. Em suma, é imprescindível que essa minoria seja mais incluída dentro da sociedade. Logo, para que os surdos possam receber uma educação de qualidade e sejam respeitados dentro do âmbito social, urge que o Ministério da Educação formule um projeto intitulado "Entender para respeitar". Nesse projeto, cursos de capacitação devem ser criados para que os professores aprendam a melhor forma de ensinar crianças com deficiência, incluindo surdos, e esses devem frequentar aulas mistas, ou seja, terão acesso a tanto a aulas individuais quanto aulas coletivas para promover a inclusão, visto que a convivência é o primeiro passo para o respeito. E assim, será possível criar um futuro em que situações vividas por Shouko não sejam mais realidade.