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Enviada em: 05/11/2017

A constituição vigente em nosso país assegura o direito à educação de qualidade para todos os cidadãos. Porém, apesar da primeira escola para surdos ter sido fundada no século XVIII, muitos deficientes auditivos ainda enfrentam problemas de acesso educacional. Isso é ocasionado pela falta de incentivo social, aliada à ausência de escolas que disponham de recursos direcionados a essas pessoas.    Primeiramente, cabe vislumbrar esse cenário em uma visão histórica. No período imperial, em 1857, Dom Pedro II instituiu o início da inclusão dos indivíduos que não ouvem. A pioneira escola de meninos surdos foi um fator limiar nessa perspectiva, mas hoje, mais de cem anos depois a problemática ainda tem muito o que evoluir, pois é nítido o quanto a surdez ainda é tida com uma barreira. Essa percepção equivocada finda criando mais dificuldades, tendo em vista que, segundo o sociólogo Durkhein, a sociedade funciona como um corpo biológico, o que denota a necessidade de que os âmbitos sociais cooperem entre si, respeitando e incentivando esses indivíduos, assim favorecendo a incorporação desses no sistema de ensino.     Além disso, existem poucas escolas que possuem recursos que possibilitem a integração desse grupo. O Brasil, segundo o portal G1, figura entre as piores educações do mundo. Sendo assim, esse déficit atrapalha os alunos, sobretudo os surdos, que, muitas vezes, não têm materias adequados à sua condição ou professores que ensinem a linguagem de libras. Logo, a educação que, de acordo com o filósofo Immanuel Kant, rege o que o ser humano é, torna-se um desafio real para os surdos.      À luz do exposto, é primordial que esse quadro seja revertido. A criação do programa ''A educação lhe ouve'' irá abranger todo o território nacional, sendo o principal meio do governo para otimizar a aprendizagem dos que não escutam. A plataforma digital da campanha irá recolher informações detalhadas, enviadas pela população, recolhendo dados sobre os locais que não possuem capacidade de educar os deficientes, para imediata disponibilização de professores que estejam aptos a lidar com a situação, com conhecimento da linguagem de libras e aparelhos auditivos, que possam aprimorar o estudo dos mesmos. Além disso, a escola disponibilizará palestras que alertem os alunos de como ajudar os surdos nas tarefas escolares. Dessa forma, o ''corpo biológico'' funcionará da forma correta.