É incontrovertido os avanços que o sistema educacional inclusivo tem obtido nas últimas décadas. Entretanto, não obstante, devido a insuficiências em âmbitos governamentais e ideológicos a problemática ainda se instala - viabilizando infortúnios retrógrados e inerciais a serem erradicados. Primordialmente, é válido ressaltar que a morosidade governamental em relação aos mecanismos em prol dos surdos é assídua na modernidade. Tal questão é observável, por exemplo, no número de intérpretes que muitas escolas dispõem, conforme explicitado pela Fundação Getúlio Vargas, apenas 1 para cada 67 surdos que estudam em escolas públicas. Decerto, embora a lei 10.436 tenha se tornado um progresso na realidade brasileira, a inércia pública na priorização de recursos não muito essenciais tem corroborado o ciclo catastrófico de evasões e analfabetismo, haja vista que tal número representa um aumento de 16% no ano de 2016 comparativamente a 2017, como mostra o Ministério da Educação. Outrossim, além da questão governamental, a ideologia de muitos tem propiciado a perpetuidade do aludido revés. Isto posto, a concepção generalizada de ineficiência em relação a tais pessoas tem instigado à sua desvalorização profissional. Destarte, essa concepção retrógrada tem ratificado o pensamento de Machado de Assim, ao dizer: "Suporta-se com muita paciência a dor no fígado alheio". Fica claro, portanto, que a inércia política e o ideal de muitos tem ocasionado os principais desafios na formação educacional de muitos surdos. À vista disso, é mister o Poder Executivo em união com o Poder Legislativo aprovar novos estatutos às Escolas que promovam o uso da tecnologia como condutor à informação, promovendo desta forma um melhor método de ensino. Ademais seria um importante um lei que estabelecesse a sua maior contratação no âmbito profissional. Além disso, é crucial a Mídia por meio de canais aberto, debates com especialistas, para que assim se destrinche a ideia de "ineficiência".