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Enviada em: 05/11/2017

Em Esparta, uma pólis grega, quando um indivíduo nascia com deficiência, ele era jogado de um abismo, pois os líderes da cidade o julgavam como incapaz de exercer alguma função na sociedade. O Brasil, diferentemente de Esparta, não mata os deficientes, mas os negligencia, principalmente os surdos, impactando seu desenvolvimento social. Cabe, por conseguinte, analisar de que forma a sociedade atual impacta os deficientes auditivos, bem como discutir possíveis soluções.      Em primeiro lugar, convém lembrar quais são as causas e consequências da não inclusão de pessoas com problemas auditivos. A educação do surdo é restrita e limitada pela baixa quantidade de colégios e de projetos estudantis que visem a transmissão de habilidades e de conhecimentos gerais a esses deficientes. Isso faz com que surdos fiquem sem experiência básica necessária ao desenvolvimento pessoal. Consequentemente, a capacidade de interação social do deficiente para com os outros cidadãos fica prejudica, causando vários problemas, como: isolamento, sentimento de não pertencimento da nação, desenvolvimento de personalidade antissocial e outras doenças psicológicas.          Porém, a ausência de conhecimento em libras por parte da população brasileira faz com que o surdo fique ainda mais excluído. Os cidadãos não possuem conhecimento sobre como os deficientes auditivos se comunicam. Isso faz com que os surdos fiquem foram do modelo econômico vigente, pois os empresários notam que a possibilidade de comunicação entre um surdo e uma pessoa normal é baixa, o que dificulta o desempenho desse deficiente em vários setores da empresa. Logo, os empreendedores deixam de contratar os surdos, o que agrava os problemas já existentes.      Fica nítido, portanto, a existência de problemas acerca do direito à educação por parte dos surdos e da sua integração no mercado de trabalho. Entretanto, essa situação pode ser resolvida desde que o Estado tome as decisões corretas. De início, o Governo deve propor que os surdos fiquem em escolas normais com o auxílio de um profissional, promovido pelo Estado, que ajudaria o aprendizado e a inclusão do deficiente em um ambiente escolar, além de prover o seu acesso à educação. O Estado também deve tornar obrigatório o aprendizado de conhecimentos básicos em libras nas Escolas, visando, em um futuro próximo, a integração do surdo no mercado de trabalho. Dessa forma, a sociedade estaria seguindo um ensinamento de Aristóteles, que dizia que "devemos tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na medida da desigualdade".