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Enviada em: 05/11/2017

A Organização das Nações Unidas estabeleceu, em 2015, os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, com o intuito de alcançá-los até 2030. Dentre esses, consta o de garantir a educação inclusiva e de qualidade para todos, o que inclui os deficientes auditivos. Nesse sentido, apesar de que iniciativas tenham sido tomadas, a educação do surdo ainda enfrenta obstáculos.      Primeiramente, cabe salientar o notável desvelo do Estado no que tange a essa questão. Assim, políticas públicas foram desenvolvidas para assegurar o direito à educação ao surdo, sendo o Plano Nacional da Educação de 2011 a principal. Isso pois, anterior a ele, havia segregação entre escolas regulares e "especiais", fazendo com que a formação educacional do surdo, bem como a de qualquer outra pessoa com necessidades especiais, ficasse no plano da utopia. Com o novo PNE, adveio a escola inclusiva e a real possibilidade de evolução nessa questão.       No entanto, apesar disso, é importante ressaltar que o sistema inclusivo ainda apresenta falhas. Como já fora dito por Paulo Freire, o professor apesar de não agredir o aluno fisicamente, o golpeia quando não possibilita sua inclusão. Nesse contexto, a falta de formação profissional do descente nessa área, juntamente com a estrutura precária das instituições escolares, são grandes barreiras para a educação do surdo.      Torna-se evidente, portanto, que na questão da educação do surdo ainda há desafios. Dessa forma, é de incumbência do Ministério da Educação realizar ações na educação direcionada aos deficientes auditivos, envolvendo maiores investimentos na formação dos profissionais da área, principalmente no que se refere ao ensino de libras e melhoria da infraestrutura das escolas, tornando-as mais acessíveis; para que a educação inclusiva seja garantida ao surdo. Outrossim, cabe à sociedade cobrar ações do Ministério da Educação, realizando manifestações quando necessário. Somente assim, o objetivo da ONU estará mais perto de ser alcançado.