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Enviada em: 05/11/2017

A Constituição Federal Brasileira defende, como condição para uma sociedade mais justa e igualitária, a inclusão de pessoas com deficiência no tecido social. Entretanto, vê-se, no Brasil contemporâneo, figurar, por meio da carência na contratação de pessoal qualificado e do desinteresse da população, os desafios para a formação educacional dos surdos. Com isso, esse problema precisa ser discutido e solucionado.    Segundo o Inep, entre os anos de 2011 e 2016, houve uma redução de aproximadamente dez mil matrículas de alunos surdos na educação básica, tanto nas escolas comuns quanto nas especiais. Esses dados podem ser explicados pela falta de contratação de profissionais especializados para lidar com deficientes auditivos. Sendo assim, as escritas constitucionais de inclusão passam a ser apenas figurativas. Além disso, é possível afirmar que há um desinteresse da população em relação a esse impasse. Isso se evidencia pela baixa prevalência de cidadãos que dominam a Língua Brasileira de Sinais. Esse fato pode ser justificado pela ética individual em detrimento da empatia por algumas pessoas. Dessa maneira, por não verem benefício próprio, muitas pessoas não se interessam por esse assunto. Isso causa prejuízo na educação básica, pois as crianças não são estimuladas a aprender libras e, consequentemente, a comunicação dos deficientes auditivos fica prejudicada.    Fica evidente, portanto, os desafios para a formação educacional de surdos no Brasil. Dessa forma, os Governos Estaduais em parceria com os Governos Municipais devem investir na contratação de profissionais especializados em Libras. Além disso, o MEC deve incluir no currículo da educação básica o ensino da Língua Brasileira de Sinais. Espera-se, com isso, um maior acesso à educação para deficientes auditivos.