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Enviada em: 05/11/2017

Na conjuntura social atual, nota-se que o Brasil tem dificuldades em lidar com as carências das minorias, principais, na realidade educacional de surdos e mudos. Um dos maiores ativistas do século XX, Martin Luther King, escreveu que "a injustiça em um lugar qualquer é à ameaça da justiça em todo lugar". Essa frase está relacionada, intrinsecamente, com essa problemática, pois é evidente que a falta de manejo das instituições educacionais públicas está tão arraigada no cotidiano que tal prática não é tomada como uma injustiça. Tal perspectiva é reflexo da falta de interação dos deficientes visuais com as decisões políticas no Congresso Nacional, da inacessibilidade dos recursos pedagógicos especifícos e a incapacidade dos educadores para lidarem com esses alunos.         A princípio, em 2011, segundo o levantamento feito pelo grupo Jovens Deputados, o congresso brasileiro tem apenas 2% dos deputados e senadores portam algum tipo de deficiência. Essa pesquisa reflete a dificuldade de surdos, mudos, cegos e cadeirantes em participarem efetivamente das decisões políticas do país. Devido a essa superficialidade legislativa, os surdos têm seus direitos educacionais suprimidos, principalmente, pela falta de políticas públicas que incentivem essas minorias às universidades e instituições federais. Em segunda instância, segundo uma pesquisa pelo INES (Instituto Nacional de Educação para Surdos), em 2010, 75% das instituições públicas não têm profissionais capacitados e um suporte pedagógico necessário, a fim de, atender alunos com problemas visuais e auditivos. Devido a esse descompasso educacional com a necessidade desses alunos, há uma constante negligência em aceita-los dentro das escolas. Por causa dessa dificuldade de aceitação, é inquestionável que muitos estudantes portadores dessas doenças acabam não desenvolvendo sua capacidade intelectual e, consequentemente, têm dificuldades para ingressar no mercado de trabalho. Em virtude do que foi mencionado, fica claro que, para solucionar a problemática da realidade educacional de surdos e mudos brasileiros, é preciso promover uma parceria entre o Ministério da Educação e o TSE com o intuito de assegurarem uma educação de qualidade às pessoas deficientes. Portanto, cabe ao primeiro promover um curso de capacitação pedagógica aos professores e garantir recursos tecnológicos, por meio da oferta do curso de libras e o sistema de ensino em Braile, promovendo, assim, uma ampliação das habilidades funcionais e educacionais desses estudantes. Já ao segundo cabe promover uma ampliação dos deficientes no Congresso Nacional, por intermédio de políticas públicas eleitorais, a fim de proporcionar uma maior participação política. Afinal, King morreu acreditando em um mundo sem injustiças, logo, o Brasil pode cumprir com esse lema.