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Enviada em: 05/11/2017

Na obra "A Metamorfose" de Franz Kafka, um homem acorda de sonhos intranquilos e percebe que está transformado em um inseto gigante. Trata-se de uma mudança involuntária que gera uma série de julgamentos e preconceitos na vida do "homem inseto". Sob essa ótica, ao analisar os desafios para a formação educacional de surdos no Brasil, percebe-se que esse grupo também sofre as mazelas enfrentadas pelo personagem de Kafka e ainda lidam com a falta de infraestrutura adequada nas instituições de ensino, somada a dificuldade para inserção no mercado de trabalho.     Em primeiro plano, é importante salientar que de acordo com a Constituição Cidadã (1988), o princípio de isonomia deve ser respeitado, assim como a dignidade e o acesso à educação pelos deficientes auditivos. Sendo assim, a falta de profissionais especializados - nas escolas/faculdades - para atender aos surdos, aliada à de falta de estrutura física, dificultam grandemente o processo de ensino e a futura inserção desses profissionais no mercado.       Além disso, faltam políticas públicas voltadas para a inclusão desse grupo no mercado de trabalho. Sabendo disso, a partir do momento que houverem incentivos fiscais às empresas que absorverem essa mão de obra, muitos problemas financeiros, sociais e até mesmo psicológicos poderão ser sanados.        Portanto, o Ministério da Educação deve destinar uma porcentagem das vagas nas escolas e universidades para alunos com essas dificuldades, deixando as salas adaptadas às suas necessidades, através do uso da tecnologia assistiva para aumentar a capacidade, autonomia e participação dos estudantes. Já os professores devem ser qualificados para atender da melhor forma possível e oferecer uma educação de qualidade ao grupo. Com isso, as diferenças poderão ser respeitadas através da integração dos deficientes auditivos com outros jovens e a inclusão profissional será finalmente efetivada.