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Enviada em: 05/11/2017

Segundo Karl Marx, no sistema capitalista, pessoas com algum tipo de deficiência são consideradas obsoletas. Nesse viés, é cabível relacionar o desafio do Brasil na formação de deficientes auditivos com o preconceito estatal e social, em consonância com a falta de interesse das empresas na incorporação dessa parcela da sociedade.  É notório o preconceito estatal e social com os surdos no Brasil. À guísa do pensamento do Sociólogo Pierre Bordieu, a opressão simbólica não está somente no embate físico, mas também na perpetuação de preconceitos. Indo contra essa lógica, o Brasil é carente de uma estrutura educacional adequada para a integração dos deficientes auditivos e, também, na quebra do conceito de inferioridade dos deficientes, provavelmente cultivada na idade média, quando a deficiência era vista como uma questão moral e não médica. A falta de estrutura educacional, estatal e social para integrar os surdos na sociedade acarretam no auto índice de evasão escolar dos mesmos.   Desde os processos denominados "Revoluções Industriais", vêm se priorizando produtos em mercado em detrimento da integração total social. As grandes empresas tem como objetivo lucrar e não integrar. A alta taxa de produção, no contexto capitalista, exige o máximo de cada trabalhador, subjulgando inferior pessoas que, por alguma limitação física ou mental não podem contribuir para a grande produção em massa.   Portanto, cabe ao Estado, por meio do Poder Legislativo, criar leis que obriguem empresas a manter metas de surdos contratados e taxar super fortunas, destinando a arrecadação ao Ministério da Educação, no intuito de modernizar a educação, contratar professores especializados e adotar a língua brasileira de sinais como matéria oficial na grade educacional brasileira, no intuito de oferecer aos surdos as mesmas condições oferecidas ao público geral, através da formação educacional.