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Enviada em: 05/11/2017

Ao contrário do posicionamento positivista de Durkheim, Weber defende como tese que os fenômenos e relações sociais são dinâmicos e mutáveis, os quais precisam ser interpretados para que se extraia deles o seu sentido. Nessa lógica, é imprescindível que a formação de surdos no Brasil seja discutida por esta sociedade que se considera civilizada e globalizada, mas ainda enfrenta desafios quanto à integração de sua população.  No século XIX, durante o governo de D. Pedro II, foi criada a primeira escola para meninos surdos, os quais começaram a ter direito a educação. No entanto, segundo pesquisas do Inep, as matrículas de surdos na educação básica e especial vem enfrentando um constante declínio desde 2012; dado alarmante que evidencia a necessidade  de um olhar mais cauteloso para este grupo que enfrenta problemas para estudarem.  Além disso, há uma desmotivação externa para pessoas com a audição comprometida que querem estudar, visto que estes enfrentam dificuldades quanto a inserção no mercado de trabalho. Esta classe é discriminada tanto por empresas, quanto pelos consumidores, e por não possuírem credibilidade para trabalhar, são marginalizadas pela sociedade que os julgam como incapazes.   Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Urge que o Ministério da Educação torne o estudo de libras uma disciplina obrigatória na matriz curricular desde o ensino fundamental, integrando de fato os surdos a sociedade; os agentes do poder executivo poderiam fornecer incentivos fiscais a empresas e estabelecimentos que os contratem, os motivando a buscar especialização; e a mídia, com seu papel conscientizador, deveria promover propagandas que difundam essas mudanças e oportunidades. Com isso, os desprivilegiados de audição finalmente provarão o verdadeiro sabor da cidadania brasileira.