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Enviada em: 05/11/2017

Ainda há tempo   Conforme ponderou o eminente sociólogo Émile Durkheim em sua teoria denominada Fato Social: um indivíduo será excluído socialmente quando for considerado diferente o todo. As atitudes da sociedade vão ao encontro da teoria do sociólogo principalmente quando se debate os desafios para a formação educacional dos surdos no Brasil. Nessa perspectiva, convém ressaltar o decaimento da quantidade de deficientes auditivos matrículados nas escolas e a falta de inclusão social.  De início, é lícito inferir o decrescente número de surdos inseridos nas instituições de ensino. Segundo dados do INEP, o índice de matrículas vêm decaindo constantemente, ora nas escolas convencionais, ora nas escolas especiais. Isso porque, várias dessas pessoas são excluídas, justamente por serem “diferentes” dos outros alunos das escolas comuns. Além disso, sofrem preconceitos quando inseridas em instituições especializadas. Logo, ficam visíveis os desafios que são enfrentados por eles no momento de buscar uma formação.  Ademais, é válido considerar a ausência de inclusão dos deficientes auditivos no ambiente de trabalho. Após enfrentarem grandes barreiras até conseguirem arrumar um emprego. Uma vez que são poucos os locais cujo oferecem espaço para essas pessoas, torna-se cada vez mais difícil conseguir exercitar todo o conhecimento que possuem e adquiriram ao longo da vida. Isso acaba interferindo diretamente na sua capacitação educacional – e profissional -.  Com a finalidade de atenuar os desafios enfrentados na formação educacional dos surdos, é dever das escolas e das empresas agirem com urgência. Estas devem operar tal qual o Artigo 27 da Constituição Brasileira de 1988, assegurando uma educação de qualidade aos deficientes, pregando à igualdade nas escolas por meio de atividades inclusivas, a fim de diminuir a exclusão social; aquelas têm o compromisso de inserir os surdos, ofertando mais vagas, para que eles consigam colocar em prática seu conhecimento e assim, consigam ter uma formação de qualidade. Afinal, como destacou o músico Criolo em uma de suas canções, “ainda há tempo”.