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Enviada em: 05/11/2017

Na Grécia Antiga, pessoas portadoras de necessidades especiais - tal como cegueira e surdez - eram classificadas como "castigos divinos" e, devido a isso, eram excluídas do meio social e perdiam o direito de exercer cidadania. No Brasil, no entanto, a situação pouco se diferencia da descrita anteriormente, visto que os surdos ainda não dispõem de uma educação inclusiva - apesar de existirem leis que garantem esse acesso - e, ainda, sofrem com as consequências disso.     Convém avaliar, dessa forma, que mesmo havendo leis que asseguram o direito à educação inclusiva, a maioria das escolas e universidades ainda não seguem tais determinações. Isso porque ainda não há a preocupação social quanto a inserção das pessoas com deficiência auditiva, o que faz com que existam poucos centros educacionais que invistam e garantam a disponibilidade dos recursos necessários ao atendimento dessa parcela da população. Um exemplo do acima retratado é o fato de que a maioria das escolas e universidades não qualifica seus professores e não possuem tradutores que facilitem a comunicação e o aprendizado dos surdos.     É preciso considerar, ainda, que as limitações na educação inclusiva fazem com que esses indivíduos disponham de menos oportunidades e precisem lidar com mais preconceitos. Isso, devido ao fato de que, sem a devida educação, a pessoa com surdez enfrenta maiores dificuldades no que diz respeito - dentre outras coisas - ao conhecimento linguístico - tanto na Língua Brasileira de Sinais quanto no português -, que torna-se um empecilho para ingressar em universidades e no mercado de trabalho. Ou seja, a educação é um direito básico que garante a inclusão social desses indivíduos.      Fica claro, portanto, que é necessária a conscientização da população quanto ao respeito das necessidades especiais dos surdos e, ainda, a fiscalização e garantia de que as leis de educação inclusiva sejam devidamente cumpridas. A fim de resolver o problema, o Governo Federal, associado às esferas estaduais e municipais de poder, deve aumentar a fiscalização de escolas e universidades - públicas e privadas - por meio de visitas frequentes de órgãos reguladores, que garantam a aplicação de leis conforme o previsto. Além disso, o Ministério da Educação, associado às redes midiáticas, deve propor ações de conscientização em massa, com a distribuição de panfletos e propagandas publicitárias. Todas as ações com o objetivo de incluir devidamente o surdo na sociedade, de forma a garantir a educação e o respeito para com esses indivíduos.