Materiais:
Enviada em: 05/11/2017

O Plano Nacional de Educação, aprovado pelo Ministério da Educação em 2014, tem como objetivo principal a valorização da diversidade e a inclusão acadêmica de brasileiros. Fora do papel, entretanto, é possível observar que tais ideais não são aplicados plenamente na formação escolar de deficientes auditivos. É imprescindível analisar quais os obstáculos que impedem a constituição dos direitos dessa minoria no âmbito educacional.   É essencial atentar, antes de tudo, para o despreparo dos colégios na asseguração de acessibilidade. Nesse sentido, nota-se que a oferta do ensino de Libras e meios assistivos, como intérpretes e tecnologias de tradução simultânea, ainda é deficitária. Tal fato vai contra o conceito preconizado por Aristóteles, que definia a igualdade como "tratar os desiguais na medida de suas desigualdades". Dessa forma, constata-se que o sistema educacional não foi capaz de abranger métodos inclusivos para deficientes auditivos.  Além disso, deve-se ponderar sobre a discriminação no meio acadêmico. De acordo com Paulo Freire, a marginalização é um forte fator de opressão. Nesse viés, percebe-se que o preconceito, seja ele exercido por meio de agressão física ou isolamento, impede o aproveitamento máximo da educação de surdos, dificultando sua ascenção sócio-econômica e inclusão no mercado de trabalho. Assim, infere-se que o bullying é um dos causadores da segregação dessa minoria.  Fica claro, portanto, que é preciso combater os empecilhos na formação do aprendizado de surdos no Brasil. Faz-se necessário, então, que a mídia coloque o bullying contra deficientes auditivos em pauta, por meio de novelas e séries, incentivando vítimas a denunciarem com a Lei de Combate ao Bullying. Também, o MEC deve unir-se à ONGs a fim de promover eventos educativos com professores de Libras e Braille em escolas e universidades, para promover maior acesso à informação e educação. Talvez, assim, seja possível cumprir os ideais projetados pelo Plano Nacional de Educação.