Materiais:
Enviada em: 05/11/2017

Sabe-se que a língua falada em um país é um dos fatores que fazem com que os indivíduos criem um sentimento de pertença à um determinado grupo de pessoas. Os surdos, por enfrentarem essa dificuldade de tornar-se parte da sociedade, são mais propícios a não frequentarem um ambiente escolar ou abandonar a trajetória de formação educacional.        O sociólogo Durkheim define a língua como um fato social, externo ao indivíduo, já que existia antes dele e este precisa se adaptar à ela assim que nasce. Visto isso, pode-se entender o início da dificuldade das pessoas que possuem deficiência auditiva já que os suros são impossibilitados desta adaptação.        Outro fator a ser considerado é que, nas escolas com classes comuns (alunos incluídos), surdos dependem de um intérprete durante toda sua vida escolar e, geralmente, em função dessa necessidade eles acabam ficando isolados em determinados lugares na sala de aula - o que remete às políticas segregacionistas que existiram nos Estados Unidos onde pessoas negras eram obrigadas a ocupar lugares reservados aos indivíduos chamados "de cor" - e essa separação, mesmo que não intencional, contribui para uma exclusão dos surdos do grupo maioritário.        Para acabar com o problema da inclusão dos deficientes auditivos no ambiente escolar, o Estado através do Ministério da Educação deve tomar duas medidas: a primeira é a capacitação do professores à Língua Brasileira de Sinais (Libras) para que os alunos surdos não dependam de um intérprete durante as aulas e assim se sintam iguais a todos os outros colegas de classe além de não necessitarem estar restritos a um lugar específico na sala de aula; e a segunda é a inclusão da Libras no currículo básico da educação, pois se ela já é reconhecida legalmente como segunda língua oficial nada mais justo que seja ensinada nas escolas facilitando o diálogo entre todos os alunos. Dessa forma os surdos criarão o sentimento de pertença ao grupo e a evasão, por eles, diminuirá.