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Enviada em: 05/11/2017

No Brasil, as pessoas com deficiência têm o direito à educação assegurado por lei. No entanto, ao longo do processo educacional dos deficientes, principalmente dos auditivos, há muitos desafios que impossibilitam a efetiva troca de conhecimento entre esses indivíduos e a sociedade. Nesse cenário, deve ser analisado como a falta de empatia e a escassez de recursos afetam o processo educacional e as perspectivas da população surda.         Em primeiro lugar, cabe ressaltar que a falta de empatia da sociedade para com os surdos afeta gravemente a vida desta parcela da população. Comprova-se isso pela ideia expressa na obra “Amor Líquido” de Zygmunt Bauman, na qual a sociedade, devido à instabilidade de suas relações sociais, não se importa com as necessidades de seus semelhantes. Dessa forma, a surdez acaba se tornando um obstáculo ainda maior, visto que menos da metade da população brasileira é fluente em Libras. Por consequência, o deficiente se torna cada vez mais limitado e exposto à discriminação, à negligência e à falta de oportunidades.        Além disso, a escassez de recursos como ambientes especiais e professores especializados em inclusão de pessoas com necessidades específicas afeta toda a vida da população surda pois, de acordo com o filósofo Immanuel Kant, o ser humano é aquilo que a educação faz dele. Por conseguinte, se a educação não for disponibilizada, com integralidade, aos alunos com necessidades específicas, os futuros destes serão comprometidos.         Diante do exposto, torna-se evidente, portanto, que medidas devem ser tomadas para solucionar a problemática em questão. Sendo assim, a população brasileira, em parceria com o Ministério da Educação, se dedicar ao estudo de Libras por meio de cursos gratuitos, objetivando a melhoria da comunicação entre os deficientes auditivos e o restante da população. Ademais, o Estado deve investir em infraestrutura e na capacitação de profissionais que saibam lidar com as especificidades deste público para que, então, não exista uma defasagem entre os alunos surdos e os demais. Somente deste modo o processo educacional dos deficientes auditivos no Brasil deixará de ser prejudicado.