Materiais:
Enviada em: 06/11/2017

A Constituição Federal Brasileira assegura a todos os cidadãos o direito à educação. Apesar disso, as instituições educacionais do país apresentam um déficit relacionado à inclusão de portadores de necessidades especiais. Tendo em vista as dificuldades encontradas por deficientes auditivos, principalmente em âmbito escolar e profissional, torna-se necessária a criação de alternativas contra a exclusão.       Segundo o Inep, a taxa de matrícula de surdos nas escolas do Brasil apresentou uma queda nos últimos anos. Esse índice decrescente pode estar ligado à educação excludente e ao preconceito enraizado. A língua brasileira de sinais (Libras), foi apresentada como uma alternativa de inclusão dos deficientes auditivos, no entanto, ainda que considerada a segunda língua oficial do país, a maioria da população não tem acesso ou interesse ao aprendizado desta. Por isso, a comunicação e o acesso à informação torna-se limitado para os surdos.       Na obra ''Modernidade Líquida'', o sociólogo Zygmunt Bauman metaforiza as relações humanas, afirmando que são líquidas, que escorrem pelas mãos. Para Bauman, essa exclusão ocasionada pela deficiência, é resultado de um pensamento sem empatia da sociedade, que ao invés de buscar métodos para facilitar a inclusão dos portadores de deficiência, utiliza do preconceito para oprimir as minorias.       O debate acerca das dificuldades enfrentadas por deficientes auditivos deve ser encorajado, principalmente em âmbito escolar e na mídia, afim de reverter a visão preconceituosa acerca das minorias. Além disso, o Ministério da Educação, deve adicionar Libras como disciplina obrigatória da escola regular, aumentando a comunicação dos surdos com a sociedade. Por fim, as leis de inclusão devem ser aprimoradas, facilitando o trabalho de escolas e ONGs na educação de pessoas que portam deficiência auditiva.