Materiais:
Enviada em: 05/11/2017

De acordo com o filósofo Kant, importante mediador na compreensão de ideias empíricas, “o ser humano é aquilo que a educação faz dele”. Diante disso, uma prática educativa acessiva para todos faz-se necessária, para que, dessa forma, a sociedade caminhe para o desenvolvimento. Porém, ainda hoje, a educação garantida a todos pela Constituição de 1988, sofre com barreiras sociais, sendo uma delas a inclusão de pessoas com deficiência auditiva, o que gera, consequentemente, uma alfabetização falha assim como menor incorporação desse público no ambiente de trabalho. Primeiramente, sabe-se que avida escolar é um marco essencial para a formação, além de educativa, social do ser humano, assim, a não inclusão de surdos, desde a infância, impactua no processo de desenvolvimento. Mesmo que leis venham sendo criadas visando a qualidade no ensino para esse público, a realidade, por diversas vezes, mostra escolas despreparadas e não inclusivas. Corroborando com isso, uma pesquisa divulgada pelo INP, mostrou que ao longo dos anos, os números de surdos na educação básica não aumentaram, sugerindo uma fragilidade no processo educacional. Além disso, não havendo qualificação escolar, obtidos na universidade, as condições de trabalhos não são atrativas, assim sendo, gera uma qualidade de vida insatisfatória para grande parte dessa população. Visando o processo de inclusão, em âmbito universitário, a última edição do SISU garantiu que partes das vagas fossem destinadas a pessoas com deficiência, garantindo assim, uma maior participação universitária e, consequentemente, uma ruptura em partes dos desafios educacionais. Portanto, sendo a inclusão de surdos na educação essenciais para o desenvolvimento da sociedade, medidas precisam ser tomadas para essa melhoria. O governo, através do Ministério da Educação, deve criar cursos e palestras aos professores, do ensino básico ao superior, para que os profissionais sejam habilitados e aptos para lidar com a deficiência auditiva, além da incorporação da disciplina de Libras, desde o início da vida do estudante, para que, não somente professores, mas também todos os alunos estejam engajados na formação dos surdos. Tendo isso feito, a inclusão e respeito dos deficientes será maximizada e a sociedade será mais harmônica e igualitária.