Materiais:
Enviada em: 06/11/2017

Em Extraordinário, livro de J. R. Palácio, o protagonista possui uma síndrome que prejudica sua audição. A história narra o início da vida escolar do garoto e as dificuldades que ele enfrenta por causa de sua condição. Fora da literatura, milhares de brasileiros enfrentam os desafios existentes para a formação educacional de surdos em solo nacional, sendo a invisibilização do impasse o principal entrave para a eficácia das leis existentes.     Inicialmente, é licitação referenciar a pesquisa divulgada pelo Inep onde informa-se que o número de matrículas dos alunos surdos é maior em escolas regulares. Apesar da inclusão ser algo benéfico, os alunos precisam enfrentar professores e colegas de turma de turma despreparados para essa situação. Dessa forma, casos de bullying são frequentes, o rendimento escolar diminui e a quantidade de abandono escolar tende a aumentar. Consequentemente, a posterior inclusão dessas pessoas no mercado de trabalho também será prejudicada.    Além disso, pode-se citar também a Declaração Universal dos Direitos Humanos instituída em 1948, que ressalta o direito à educação a todo cidadão. Entretanto, apesar da criação da Lei n° 13.146 em 2015, que oficializa a afirmação da ONU no que refere-se aos deficientes, a pesquisa supracitada também mostra que a quantidade de matrículas continuou caindo após 2015. Logo, torna-se questionável a eficácia da lei e mostra que é necessária uma reavaliação de sua aplicabilidade. Para isso, a população deve ser conscientizada sobre a existência da problemática pois, dessa forma, haverá um maior apelo social e, assim, uma maior preocupação governamental diante desse assunto.     Evidencia-se, portanto, que medidas são necessárias para melhorar a educação inclusiva no país. Por isso, o Ministério da Educação deve tornar obrigatória a existência da matéria LIBRAS no currículo acadêmico de todos os cursos de licenciatura, assim os professores estarão melhor preparados para lidar com esses alunos futuramente em sala de aula. Além disso, é necessário que as grandes empresas midiáticas façam propagandas que tragam para a população o debate sobre o problema, gerando assim uma maior pressão popular para que o governo resolva a situação. Dessa forma, espera-se que o Brasil torne-se, finalmente, um país para todos.