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Enviada em: 06/11/2017

Quando Foucault define a linguagem como uma das formas de poder exercido em sociedade, corrobora com a compreensão de como essa se faz necessária para o desenvolvimento de um indivíduo em seu meio de convívio. Entretanto, os surdos tem seus exercícios de cidadania limitados por uma disfunção fisiológica existente, grandemente agravado por medidas inclusivas falhas, desde sua formação educacional até a atuação no mercado de trabalho.        Em primeira análise, encontrar um centro educacional habilitado, com profissionais capacitados a contribuir com o crescimento intelectual dos surdos, vem sido uma tarefa exaustiva, e em algumas localidades, impossível. Visto que escolas sem intérpretes e ambientes não adaptados a receber um portador de deficiência auditiva, são uns dos obstáculos que estes enfrentam na busca do aprendizado e conhecimento.        Além disso, como analisado por Marx, o ser humano ao participar de um grupo de trabalho, está criando um vínculo com a sociedade. Porém, nota-se que o mercado de trabalho, desconhecendo as formas possíveis para o acolhimento e aplicação das capacidades laborais que os surdos possuem, não disponibilizam vagas, criando assim mais uma barreira ao desenvolvimento destes como cidadãos.        Portanto, cabe ao Ministério da Educação, criar, baseado nas leis já existentes, órgãos que fiscalizem de forma específica, a garantia dos direitos dos surdos nas escolas, e em conjunto a isso, adicionar aos parâmetros curriculares, matérias da linguagem de libras, para que estes consigam ser entendidos e entenderem os ouvintes com os quais convivem. Vale ressaltar também, para o uso das grandes mídias, como a televisão aberta e as redes sociais, na conscientização através de campanhas e programas, mostrando as dificuldades enfrentadas e a capacidade que estes tem, trazendo para a luz estes que, muitas vezes, são invisíveis.