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Enviada em: 06/11/2017

Os surdos que ouvem        Desde há muito tempo a raça dominante devido ao seu ego etnocêntrico, define os padrões de como ser, agir e pensar em sua sociedade, excluindo os que destoam desses parâmetros. Assim aconteceu durante o brutal holocausto da 2º Guerra Mundial e é neste molde que a educação dos surdos no Brasil hodierno perpetua-se. Por conseguinte, refletir sobre a tímida participação do Estado frente a este problema e a difícil inclusão dessas pessoas em seu meio social torna-se fundamental.       A Constituição Federal Brasileira é clara em seu quarto capítulo, onde é dito que é dever do Estado promover e assegurar, dentre outros aspectos, a educação de deficientes auditivos. Contudo, devido a sua imaturidade e consequente despreparo quanto ao assunto, o Governo em sua hegemonia não garante aos profissionais que atuarão na educação destes deficientes o devido preparo, o que pode ser uma das causas que vem ocasionando desde 2012, segundo o Inep, a decadência do número de matrículas de surdos na educação básica.       É indubitável que a inserção dessas pessoas na sociedade brasileira acontece de forma lenta, seja pelo preconceito por parte da sociedade, seja pela falta de conhecimento por parte da população de como comunicar-se com os surdos. Dessa forma, muitas empresas atuais só contratam pessoas deficientes com a finalidade de não serem punidas por discriminação. Não integrando em seu processo admissional a inclusão dessa parcela minoritária, perpetuando sua exclusão.       Portanto, a fim de garantir os direitos à educação a esses que são constantemente ignorados frente ao restante do povo brasileiro que faz-se surdo perante a estas pessoas, é preciso que o MEC junto as secretarias municipais de educação atuem efetivamente no melhor preparo dos profissionais que atuam nas escolas, por meio de cartilhas, aulas ou palestras para que estes estejam preparados a ofertar uma educação efetiva e de qualidade. Pois como afirmou Salvador Allende: "Não basta que todos sejam iguais perante a lei. É preciso que a lei seja igual perante a todos".