Enviada em: 06/11/2017

A tentativa de inclusão social de surdos por meio da educação representa um avanço na busca por igualdade, pois assim como destacado por Paulo Freire, apenas a educação dos indivíduos pode promover mudanças na sociedade. Todavia, esse processo encontra obstáculos como a falta de infraestrutura e capacitação de profissionais, causando a evasão escolar de surdos, e a discriminação sofrida pelos deficientes em suas tentativas de ingressar no mercado de trabalho.       Criada em 2015, a lei que prevê a inclusão de surdos ao ensino brasileiro encontra-se fundamentada em ideias igualitárias, porém sua aplicação enfrenta problemas semelhantes aos da educação básica brasileira: a falta de infraestrutura e capacitação de profissionais. Com o reconhecimento tardio da Libras como segunda língua oficial, é possível notar a precária formação dos educadores bem como sua distribuição desigual entre as escolas. A ausência de profissionais qualificados e a péssima estrutura de algumas escolas públicas brasileiras colaboram para que o processo de inclusão se torne uma realidade distante, como mostra dados do Inep em que a redução progressiva do ingresso de surdos nas escolas ao longo dos anos pode ser observada.       Além disso, ocorre um desestímulo da formação acadêmica dos surdos quando esses são vítimas de discriminação ao tentarem ingressar no mercado de trabalho. Tal preconceito está fundamentado em ideias equivocadas da deficiência e seus reflexos nas capacidades do indivíduo, que em sua maior parte estão aptos a exercer as mesma atividades que não-deficientes.       Portanto, para fornecer uma boa formação educacional aos surdo é necessário que o Estado em parceria com o MEC forneça formação correta aos profissionais e fiscalize o exercício da lei nas escolas, assim como cabe a ele a garantia de infraestrutura digna necessária aos indivíduos. A mídia em parceria com ONGs promover a conscientização sobre a deficiência, com objetivo de combater a discriminação sofrida pelos surdos. defientes.