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Enviada em: 07/11/2017

Habitado inicialmente apenas pelos indígenas, colonizado pelos portugueses, governado durante sessenta anos pelos espanhóis, alvo de imigrações e com um passado escravocrata, o Brasil se tornou uma nação culturalmente diversificada. Contudo, ainda que a heterogeneidade seja uma das principais características do país, a discriminação é um grave problema enfrentado pela população brasileira, intensificando a problematização, sobretudo, da formação educacional de deficientes auditivos, de forma que atreada a falta de investimentos governamentais nessa minoria social, é figurada a necessidade de intervenções que considerem aspectos sociais e políticos.     Decerto, a Constituição Federal garante o direito à educação de deficientes físicos, de modo a criminalizar a violência e o preconceito voltados a esses indivíduos. Todavia, impulsionados pela desinformação a respeito do assunto, contingentes demográficos são responsáveis por excluírem deficientes fisiológicos das relações sociais, como se por possuírem um problema fisiológico sejam desprovidos de discernimento intelectual.     Por conseguinte, a falta de investimentos públicos em instituições educacionais tem intensificado o desafio. Assim, ao observar o problema por um prisma estritamente constitucional, torna-se notório que embora a libras seja a segunda língua brasileira, o maior percentual de cidadãos não são instruídos quanto a esse idioma. Desse modo, quando Gregório de Matos afirma “não sabem governar sua cozinha e podem governar o mundo inteiro”, parece prever os reflexos de uma administração federativa ignorante aos desafios da formação de surdos.      Cabe ao MEC em parceria com o Ministério das Comunicações, portanto, a promoção de campanhas escolares e propagandas transmitidas pelo sistema midiático que informem e orientem os cidadãos no que tange aos deficientes auditivos, no intuito de reduzir a exclusão dessa minoria. Outra iniciativa plausível, primordialmente, é a criação de um lei pelo poder federal que obrigue instituições educacionais públicas e privadas a introduzirem a libras como disciplina obrigatória, a fim de disseminar o idioma e  aumentar a possibilidade de interações sociais dos surdos.