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Enviada em: 10/11/2017

Homo loquens, dimensão corpórea do homem estudada na antropologia, busca compreender a comunicação humana por completa, seja ela verbal ou não verbal, a fim de reduzir as diferenças e promover igualdade a todos. Contudo, na sociedade brasileira, é possível ver uma grande dificuldade quando se trata da inclusão de surdos no sistema educacional. Desafios, tais como a falta de estrutura, de capacitação profissional e o preconceito de parte da sociedade, são dilemas que precisam ser superados.     Apesar do grande número de deficientes auditivos no Brasil, ainda são escassas as instituições que estão aptas para atendê-los de forma satisfatória. Além disso, a falta de capacitação por parte dos profissionais é alarmante. Grande parte das escolas não oferecem professores formados em libras, dificultando ainda mais a inclusão. Sabe-se que em 2002 a Língua Brasileira de Sinais foi reconhecida como a segunda língua oficial do país.Entretanto, essa realidade está bem distante.    Outrossim, o preconceito é outra barreira que precisa ser derrubada. Muitas pessoas defendem que os surdos devem estudar em classes especiais, alegando que a junção diminuiria o nível de ensino. Infelizmente, esse posicionamento é comum a vários pais, o que acaba prejudicando a sociabilização e o desenvolvimento dos deficientes auditivos.    É notório, portanto, que medidas devem ser tomadas para solucionar esse dilema. O Ministério da Educação precisa oferecer cursos e fomentar campanhas anuais de capacitação a todos os profissionais de ensino, além de implementar na grade curricular dos futuros professores a disciplina de libras. Dessa forma, os deficientes auditivos vão se sentir mais confortáveis e acolhidos no âmbito escolar. Ademais, a mídia poderia trabalhar o tema abrindo espaço para surdos em seus programas e novelas com a finalidade de mostrar para pais, alunos e toda a sociedade que, conviver com as diferenças, pode ser altamente engrandecedor para a construção de um indivíduo.