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Enviada em: 06/11/2017

A Constituição Federal de 1988 garantiu o direito ao acesso a educação para todos os cidadãos, no entanto esse direito vem sendo desrespeitado para alguns grupos, como os de pessoas com deficiência auditiva, isso ocorre devido a alguns desafios enfrentados por essas pessoas no acesso a esse bem, e isso precisa ser melhorado. Dessa forma, é válido analisar os desafios enfrentados pelos surdos no processo educacional, como também os fatores que impedem a resolução desses desafios.        A princípio, de acordo com o filósofo Immanuel Kant o ser humano é aquilo que a educação faz dele, ou seja, as pessoas formam seus princípios éticos e morais a partir do acesso a programas educacionais dignos. Nesse sentido, infelizmente, os surdos no Brasil enfrentam grandes dificuldades nos sistema educacionais, uma vez que faltam professores especializados ou com nível básico de conhecimento da língua libra, além de faltarem incentivos para a permanência dessas pessoas nesses ambientes, visto que há pouca adaptação dos colegas de turmas, tanto nas escolas como nas universidades, o que resulta em isolamento e abandono das atividades escolares. Assim sendo, segundo a revista Veja o número de evasão escolar aumentou entre os anos de 2012 e 2016, isso representa os resultados negativos desses desafios enfrentados pelos surdos.        Ademais, mesmo com a aprovação da lei 10.436 que torna a libra a segunda língua oficial do país e exige a adaptação de setores educacionais a essa linguagem, ainda é persistente os desafios enfrentados pelos deficientes auditivos na educação. De fato, falta uma maior fiscalização do setor público na execução dessa legislação, haja vista que muitas escolas pouco se adaptaram para o ensino desse grupo de pessoas, e isso , segundo o Ministério da Educação, resulta em menor rendimento escolar o que em muitos casos acaba desmotivando os pais a investirem na educação dessas pessoas.       Ante o exposto, para atenuar essas situações, faz-se necessário que o Ministério da Educação desenvolva comissões que possam fiscalizar a adaptação das escolas ao ensino dos surdos e essas comissões deverão incentivar as escolas a aderirem essa educação adaptativa, por meio de bonificações com prêmios de reconhecimento para as instituições que se adequarem a educação inclusiva. Aliado a isso, a mídia deve trabalhar a problemática da educação inclusiva em novelas, campanhas publicitárias e programas de TV. É relevante, ainda que as ONGs com apoio dos familiares dos surdos protestem e dialoguem com o governo sobre a garantia dos diretios educacionais inclusivos.